quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Fazedor De Chuva - Prévia 1


O homem abre a porta e encontra uma pessoa amarrada na cadeira, com um capuz na cabeça. A sala é escura, vazia. O homem tira o capuz da pessoa e diz:
- Olá filho.
- Não fui eu pai, eu juro.Responde o filho.
- Eu sei muito bem o que aconteceu meu garoto, mas relaxe um pouco. Na verdade eu estou aqui para lhe contar uma coisa que aprendi com o tempo.
O pai vira de costas respira um pouco e se vira novamente.
- A vida não é como um desses filmes que você vê no TNT, que são mal dublados, ultrapassados, que não ganham nenhuma oscar e dizem morais erradas.
Ele aproxima o seu rosto ao do filho e brada contra  ele.
- Na vida real, os Negócios sempre vêm primeiro, não importante quantos filmes de merda você veja.
O pai ajeita seu terno, o cabelo, passa a mão sobre o nariz e continua.
- Você lembra quando você era pequeno e indefeso? E tinha uma senhora que te levava pra passear quase toda semana? Além de te apresentar o mundo, ela te protegia de seus perigos.Ela sempre te levava no carrinho de bebê escadas acima. Claro né, alias você não sabia andar.
Num movimento calmo ele se ajoelha e se aproxima do filho enquanto coloca suas mãos em seus joelhos, para apoio.
-Você é crescidinho o suficiente para saber que existe uma lei natural no mundo. Tudo o que você ganha, você tem que dar de volta.
-E por algum acaso, quando sua avó esteve doente, você por algum acaso foi visita-la? Você ao menos ligou para saber como ela estava? Eu sei que não.
Ele se levanta e tira uma arma do bolso. Pressiona a arma contra a cabeça do filho.
- Não pai. O garoto começa a chorar.
- É assim que a vida funciona. Você tira algo dela e um tempo depois devolve. Você ainda não compensou sua avó. Então vamos fazer o seguinte. Eu vou devolver ao mundo o que eu criei, e você
vai compensar sua avó, você vai fazer uma longa visita a ela agora.
- Não pai, não... por favor.
- São apenas negócios filho.
O gatilho é puxado.



obs: Não houve correção.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pensamentos Bruno #1


Havia apenas uma única realidade para aquele menino naquele mundo sem cor. Ele era sozinho, tinha sido criado com a crença de que finais felizes não existem. Seus pais obviamente não foram



o melhor exemplo, talvez estivessem cansados de lutar e então deixaram de lado seu último sopro de vida e mergulharam no rio e deixaram ser levados pela correnteza.
Durante os dias que viveu haviam aqueles que faziam os seus dias mais aceitáveis. No entanto cada dia era uma guerra contra o "ser abstrato" que não conseguimos nomear, aquele pelo qual
dessistimos de lutar contra em algum momento de nossas vidas e repetimos o ciclo vicioso do rio. O mundo parecia explodir dentro de sua pobre mente, tal menino não havia sido criado para
tanta decepção, então no momento em que o "ser" veio tirar o seu sopro, ele fechou os olhos e se refugiou no único lugar onde ele era aceito. Em sua mente.

Ele abre os olhos e está seguro. Vê-se no meio de um corredor com diversas cores, comprido onde não se consegue ver o fim. Ele então começa a andar e observa um furo na parede. A luz sai
tão forte desse pequeno buraco na parede, que é capaz de iluminar boa parte vísivel do ambiente. Então ele aproxima seu olho e ve uma praia, com pessoas correndo, sorrindo e conversando.
Ele sente em seu peito um calor que não sentia a muito tempo. Ele tira o olho do buraco e segue em frente. Mais a frente ele ve um outro buraco na parede dessa vez dentro do mesmo há um
sofá onde estão sentados ele, seu pai e sua mãe, vendo um albúm de fotografias, os três riem, lembram de como foi "aquele verão" de 2012".

Mais alguns metros na frente ele começa a ouvir uma música antiga, um blues que sai de um grande buraco na parede, através dele, ele vê de costas uma mulher de cabelos compridos e que exalam um perfume estontêante sentada de frente a ele.
Por um momento sequer aquele eu consegue tirar os olhos da mulher. Uma onda de nostalgia com o que nunca aconteceu parece infestar seus pensamentos, essa idéia lhe faz se sentir tão bem.
Ele continua andando pelo corredor até que chega até o final do corredor e ve uma porta. Quando abre tal ele ve amigos, em um parque, sorrindo. Alguns posando para fotos. Outros abrem
presentes, no final todos se juntam e começam a cantar uma música. A música é muito ruim, é uma paródia de alguma outra música, mas todos riem, felizes.

O colorido desaparece, dando lugar ao sem cor, ao monótono, ao não-prazeroso, a algo que se assemelha ao nada. Naquele segundo que se passou dentro de seu delírio, ele viu algo maior
naquela história. Ele viu uma possibilidade, ele viu um futuro que vale a pena esperar. Então ele pega um quadro e começa a preenche-lo de cor, de vida. Ambos se misturam e começam a se
espalhar pelas paredes até que toma conta de tudo que o menino vê. Naquele momento o "ser" foi embora e na minha imaginação eu o vejo indo embora com um pequeno sorriso no rosto,
com a esperança de poder parar o curso do rio. Sabendo que dessa vez a chama se mantera acessa. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Heroes


Sinto vontade de escrever algo, externaliza-lo



Começo com frases tristes ou alegres? Ou devo primeiro definir o que sinto?
Agora acho que já não há mais sentido em continuar meu texto, será que devo parar?
Resolvo parar

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

RPG






RPG
(Rodrigo Barboza, Iago Correia, Ruy Cotia)


RPG

Tudo que eu quero nessa vida
Toda vida é RPG, RPG
Eu falto o bloco e na quest la na mesa
Guerreiro me vê, ele me vê

Eu já falei no Dio que vou viajar
No niver de um ano eu não posso estar
Em saquarema furo com você

Arerê, o Souza foi jogar RPG êê

Vai vai vai vai vai vai vai vaivai
3 3 3
Paladino vou matar


Para cantar junto:



Paródia de Arere da Ivete (Não sei se o nome da música é esse e nao sei se é dela, ou banda whateva)

Sou Feipa Assim Sem Você


Sou Feipa Assim Sem Você
(Rodrigo Barboza, Mário Martins, André Cruz, FábioCastro)

           
Palito sem maconha
o Ruy sem sua bronha
Sou feipa assim sem você

Tio Vini coca cola
Arhtur sem auto escola
Sou feipa assim sem você

O Fábio te critica sim
O guararubens ta no fim
Groselha a todo instante
Zezinha tem bastante
Daniel dando piti


Na casa do pretinho
Tão Maroi e Cadinho
São feipas como você

Felipe ta locasso
Acabou o último maço
É feipa como você


Pra KV vou fapear
Thadeu ta com calo na mão
Já tá com dor no braço
Não deu nenhum amaço
Tá com dor no coração

o Souza tenta convencer você
Mas sua lógica não faz sentido
A gente pode até se aborrecer
Mas é que os feipas são tudo amigo (pooooorqueeeeeeeeeeeeeee ???)

Carol já vi sua teta
Parece uma nha benta
Ainda como você


Diego na balada
Ruy se deu bem na lapa
Se é mãe não quero saber


Equador é linu assim
Parece o jackie chan mirim
O Rony comandante
Não traz refrigerante
Na conta sempre dá ruim


Luigi chama pro rpg
Mas ele nunca convidou o rodrigo
A gente pode até se aborrecer
Mas é que os feipas são tudo amigo (pooooorqueeeeeeeeeeeeeee ???)

Rodrigo mão de tesoura
Nem lembra se era lora
É feipa mesmo sem ver

Com ronaldo não tem treta
Vai caçar buceta
Se não eu vo matar vocês


No gambolão vo apostar
To bloqueado no Sudão
Samara ta no papo
Bernardo fez golaço
Só o thadeu diz que não


Tem as montagens pra alegrar você
No photoshop eu sou um perigo
A gente pode até trollar você
Mas é que os feipas são tudo amigo (pooooorqueeeeeeeeeeeeeeee ???)


Para cantar junto:


*Paródia de Fico Assim Sem Você do Bochecha na versão da Calcanhoto



Arthurpônica



Arthurpônica



(Diego Abel, Ruy Cotia, Rodrigo Barboza, Fábio Castro, Iago Correia, André Cruz, Mário Martins, Thadeu Saieg)

Se o Arthur gasta você
Na aula de direção
Com 7 pontos, reprovado no fundão.

Academia fazer
Pra irmã da Thais ver
No Dio conto essa história pra você.

Não precisa de bordel
Leva as minas pro motel,
Eu sou o Arthur e eu pego todo mundo

'Passo o rodo nas vadia tudo',
Mas com a Lílian não consegui nada.

Tenho um macete pra fazer o Yoshi voar
Pra pegar penalti aperte: pra baixo e a.
Pra fazer gol, no vértice do triângulo
Uma bola você tem que chutar.

E ele pra se garantir,
Pega mais um jaburú.
E ainda se gaba, esse é o grande Arthur.

No ônibus ou no bar,
Na fila do bandeijão.
Puxa um papo e ja leva pro colchão.

N'aulaaaaaa, dedou a garota da sua salaaaaa.
Não, não foi caô rolou de tudo.

E quando o arthur senta na mesa
É só pra te cortar,
Ele é um cara muito foda,
E vai te esculaxar aaaaaa aaaaaaaaaaa.

Tenho um macete pra fazer o Yoshi voar
Pra pegar penalti aperte: pra baixo e a.
Pra fazer gol, no vértice do triângulo
Uma bola você tem que chutar.

Para cantar junto:


*Paródia de Hidrôponica do ForFun

Mansão do Seu Wilson (Paródia)


Mansão do Seu Wilson
(Ruy Cotia, Rodrigo Barboza, Diego Abel, Victor Pavón, Iago Correia(?), Thadeu Saieg)

Lukinhas da strondaaa


Casa do seu Wilson formou, sem KO gata vem jogar o leao na piscina 2x

A casa do Wilson sempre estará lotada de mulheres belas, singelas e delas quero ve por ae a kv
Tu pode achar que o Arthur tem apenas muque mas pro yoshi voar ele sabe fazer um truque
Várias idades, cidades, sotaques, variedades sempre tem e a Thaissa que dá ataque.
Banheira de hidromassagem com a kv passando nua e os parceiros só de toalha chamando a kv na rua.

As loucuras rolando direto dio após dio homem com kv, olga com kv, sem pederastia.
Aqui o ritmo é Baiano e os Demolay em desespero, é tipo vinte mulher liiiiina pra cinco pedreiro.
Diferente do seu mundo estagnado, fraco, Thadeu eu mantenho minha vida como o Iago bolado.
Eu sei que às vezes é foda, da vontade de pk mas se eu pk quem vai ter skill pra poder upar?

Strondou hein Diego, zuou parou no tempo, agora chega o bernardinho arroizando ai por dentro, ama roquete, ama o Putin e a queimação.
É só saudade que tu tem de partir pra night com o Igão
E a Diabaele se não vem fica tranquilão, chama o lukinhas pesado que vem do Caldeirão da PUC, já te disse que não é truque, trazendo as amiguinhas universitárias do Souza.

Garrafa de Xandão, jogada pela casa, vários Red Bull's, toma Red Bull que o Yuri paga
Rubens Cola tá no ponto, anota o que eu to falando isso é feipatude máxima no estilo mais insano.
Insano no jeito de ser, de fazer, de mandar ver, de pegar a kv, mostro pra voce, vai surpreender.
são coisas que você aprende com o bonde dos feipa.
Olha pra Thaissa que ela te convida pra...

Refrão(2x):
Casa do seu wilson formou, sem ko, gata vem jogar o leão na piscina

Tu vai pro Equador, to te esperando aqui, é só interfonar entra no elevador e subir
Só precisa trazer tang e o super nintendo que o pão de queijo o Diego ta trazendo
O Felipe alcoolizado, strondando com elegancia, tem um charme revirante de primeira instância, ganância, só se a Thaissa querer mais stronda.
O que eu quero mesmo é curtir com o Palito queimando essa onda, geral doidão curtindo o boldo queimado nos quartos, quando acaba a sensação todos ficaram com larica
Satisfeitos com o que o Palito oferecer, Marjorie fica pensando: Quero ficar com você!!

Ai Camila, pegou o Ian já era, viciou nesses bagulho agora tu me venera. E o souza te venera claro sempre deixa estar, disseminar o amor, pelo mundo amor nao pode faltar.
Falando nesses parceiros qualquer rima agora sai, mansao do Wilson na próxima até Rony vai
Faz sempre RPG, com cerveja cara , boto fé no paladino, tiro 3 e ele dança
Lanço o Zezin na pista completamente tunado, epic sex guy, tristeza, Febarj ta fechado, pra não deixar falar  serve de aperitivo monocelha maneira, MSN dá enter compulsivo

Se não é pra dirigir doidão, porque eu to muito crazy, deixa o Arthur no volante ou volta com o Treveza
Tu sabe sexta feira é dia dos amiguin se eu nao chego na Melissa a Thais que chega em mim.
E na volta geral morto chegando louco de Jaca, só mermo Helbi e Nhoni lançando no frango frito
Falando idéia louca que a gente nunca esquece, revezando beatbox rimando do que acontece.

E a Marina tá fumada, enrolando a parada, Astryd rindo e colando deixando as mulé pelada
Cris ta sempre te trolando, o Bryan dando banhinho no Rodrigo, na novinha cheio de namoradinha.

Rodrigo arroizando sempre maroto no face, curtindo as mulé no status, não tem problema se é barro, barro ou mulher bonita tá tranqüilo vamo que vamo, equipe do PC só muleque insano.
Diego Abelhas nas filmagens ele assume pra jogar as gastações de geral no Youtube.
Não tem como ficar sério com a Thaissa lokassa, e o Fábio criticando todos os lugares onde passa
Strondando com o Rodrigo, os parceiros da Scurvy, Ricardo, Pretinho, Maroi, o Gomes ta no onibus.
Pesado que tem muita espinha e é muito bonde, as irmãs da Thaissa tremem quando o Daniel passa de lukinhas

Os contratante bonde da 03 a gente não boicota, Minha Pera, Victor Avidos, Tio Vini bebe coca
No escritório tá o Souza, com as piadinhas marotas, que deixar ele feliz? Dá copo de Guaravitta!
O Ruy sempre no grau, chapado, louco magrin, flamenguista alucinado com jeito do Dalinin tin tin, com meu parceiro pau mandado é nois que tá, Thadeuzin Saieg avisa pra elas bora pro Diobar
No Runescape é diretão 24hrs por dia, player entra forte, sai daqui com anemia, peca lá dentro, lobster tem mais de mil, louco aqui dentro, já lá fora ninguém viu.

Ninguém viu, ninguém sabe nada de piadinha, no Chatroulette perde a linha, no Omegle é uma santinha, tenho uma teoria é nela que eu estudo. Americana disconect e os turco mostra tudo
Isso é fato nao tem como discutir, eu amo o Omegle mas nisso nao dá pra competir. No Ronaldo o tempo pára!
La fora o tempo passa, pique esconde aqui dentro é bacana e é muito massa

Casa do Seu Wilson formou, sem KO gata vem jogar o leão na piscina (2x)

Pergunta pra camila que ela responde sem KO acha o Ian bonitinho? Ou um garçon que parece o Anderson?


hahahahaha o Souza me ligando no Ano Novo foi Foda


Para cantar junto:


*Paródia de Mansão Thug Stronda do Bonde da Stornda

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Tive Razão, Posso Mamar (Paródia)

Tive Razão, Posso Mamar
(Diego Abel, Victor Pavón)

 Ê ê ê ê ê ê, lá lá lá... ê ê ê 2x
 Tive razão Posso mamar
Não foi legal, não pegou bem
Que vontade de mamar, dói
Em pensar que ela não vem, só dói
Mas pra mim tá tranquilo, eu vou mamar
O clima é de partida,
Vou dar mamadas na minha vida
E de bobeira é que eu não estou,
Tio Vini sabe como é que é, eu vou
Mas poderei mamar quando você quiser!
 ê ê ê ê ê ê, lá lá lá... ê ê ê 2x
 Demorô vai ser melhor...



Para cantar junto:
 *Paródia de Tive Razão, do Seu Jorge

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Poema-Lixo

Já que o blog está voltando, pelo menos essa é a ideia, vou postar um poema novo, chamado: Poema-Lixo, espero que gostem.

Poema-Lixo

Poema-Lixo,
Ninguém se importa,
Ninguém vai ler.

Eles estão apressados demais.
Correndo as cegas,
E em cada passo dado
Um pedaço de sentimento se desprende,
Cai no chão, se quebra.

Não quero viver como eles,
Mas de que adianta sentir
Num mundo sem sentido ?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Não deixe o Blog morrer, não deixe o Blog acabar..."

Salve colegas de trabalho e assistentes de palco, eu sei que hoje não é meu dia (nem sei se ainda existe essa parada dos dias) mas não aguentava mais ficar sem postar. Estava esperando meu amigo Ricardo revisar este pequeno conto que lhes encaminharei a seguir, porém, devido à sua conturbada vida de universitário, ele não pode faze-lo, então postarei o texto como o escrevi, perdoem meus erros de continuidade e gramática, ainda sou um iniciante na prosa. Enfim, sem mais delongas, vamos ao texto:


À Mãe Natureza

Subo correndo as escadas, com a blusa colada no corpo, devido ao suor, vim correndo da casa dela até aqui. No quinto andar procuro o 512, bato 3 vezes apressadamente e ouço a voz do Marcelo: - Já vai !! – Vem logo porra! – Quase grito para o prédio inteiro. Ele abre a porta e diz: - Quié cara? Te falei pra você não voltar aqui, você quer me fuder ?
- Eu fiz cara – digo – Meti três balas no bastardo, só que eles estavam na cama e a Joana pulou na frente no quarto tiro, foi em cheio no coração dela, merda cara, não queria acerta-la, eu fiz isso tudo por ela, eu a amo, consegui matar a única pessoa que já amei na porra da minha vida. Marcelo já me olhava com carará de raiva, seu rosto parecia um tomate de tão vermelho, ele disse: - E você veio pra cá, seu idiota ? Só porque eu te vendi esse “ferro” não quer dizer que eu seja responsável pelas suas merdas. Dá o fora da minha casa antes que eu quebre a sua cara – Nisso ele já estava me empurrando porta a fora. E agora? O que fazer? Pra onde ir? Me entregar? Jamais! Sempre fui ensinado, por meu pai, a agir como homem, mas o que fazer? Se eu for para cadeia simplesmente não vou conseguir sobreviver uma semana, imagino a cena, o playboy da Zona Sul virando putinha de marginal no xadrez. Foda-se o que meu pai disse, o único jeito de salvar meu rabo é acabando comigo mesmo antes deles, nada mais vale a pena mesmo, eu matei a Joana e não posso agüentar os, no mínimo 20, anos de reclusão por um duplo homicídio, merda deveria ter sido só um, merda Joana.
Decidi que ia me matar, mas como fazer isso? Pensei na ponte da cidade, um lugar alto, deserto e com uma porrada de pedras pontudas no fundo do mar, uma queda dali é tão fatal quanto um acidente de carro.
Começo a andar em direção a ponte, como um condenado atravessa o corredor da morte, “homem morto passando” penso. As ruas estavam desertas, já passa das 3 da manhã. Começo a sentir um aperto no coração ao lembrar da minha história com Joana. Da primeira vez que a vi...
Lá estava ela, com os livros do curso de direito na mão, atravessando o campus, e eu, com os meus de arquitetura na mochila, parei um pouco para admirar aquele pedaço do céu passar por perto de mim, eu sabia que era ela, tinha que ser. Não demorou muito para começarmos a nos ver, como amigos, eu era muito idiota para dar em cima dela tão descaradamente, como faziam os outros “amigos” dela, principalmente o Carlos. Me doía ver que ela se interessava mais pelos cortejos vulgares dele do que das minhas inocentes demonstrações de afeto, por que ? Por que ele era o comedor de olhos azuis e tanquinho e eu era o esquisito nerd q eu só tirava dez e pensava num futuro com ela? Agora penso assim, antes estava cego.
Um dia resolvi que não dava mais pra segurar tudo calado, eu tinha que dizer o quanto a amava. Preparei tudo, chamei-a para um jantar em um restaurante muito caro, dinheiro nunca foi problema pra mim e minha família, comprei-a um colar e me declarei, disse-lhe tudo o que sentira, o quanto a amava e quanto sofria por segurar isso apenas para mim, Vi o rosto dela se tornar um poço vermelho de vergonha, ela procurou não ser indelicada, mas acabou sendo, me disse que só queria minha amizade e que não sentia absolutamente nada por mim. Ela foi para casa e não devolveu meu colar.
A dor foi tanta que por uma semana não sair do meu quarto, me tranquei com litros de vodka barata e revezava entre os cigarros, os goles, as lágrimas e o pensamento nela. Senti pena de mim mesmo, decidi tentar recomeçar, voltei para a faculdade e, para meu sofrimento, descobri o quanto meu mundo havia mudado nessa fatídica semana.
Não demorei muito para esbarrar com Joana, e para minha total decepção, com Carlos, segurando sua mão, beijando sua boca, cheirando seus lindos cabelos.
Nada mais valia nesse mundo, corri pro bar mais próximo para tentar afastar a dor com o álcool. No bar, chorando, conheci Marcelo, um traficante fudido e asqueroso da região, que me ofereceu um traçado de coca pra botar a cabeça no lugar. Dois dias em contato com a vida tóxica de Marcelo bastaram para que minha decepção virasse ódio, não contra Joana, mas contra o merda do Carlos, que só ficou na espreita esperando que eu saísse de cena pra atacar. Pedi uma arma para Marcelo que me ensinou como carregar e mirar e me disse que se desse merda, não era para procurá-lo tão cedo, que eu estria sozinho nisso, mesmo assim, insisti, afinal a honra de um homem se lava com sangue.
Os segui até a casa dela, onde provavelmente eles iriam passar a noite toda trepando e rindo da porra da minha cara de idiota. Malditos, mas eu ainda a amava, só sentia raiva daquele sorriso falso de cupido daquele filho da puta, que ganhou minha amada. Dei um teco, que reagiu imediatamente com os copos de Whiskey que eu havia tomado, não conseguiria fazer aquilo sóbrio.
Fui, com a ajuda de uma chave de fenda, arrombando as portas e a cada passo o som dos gritos de prazer dela eram mais altos, os gritos que deveriam ser pra mim. Abri a porta do quarto, vi Carlos em cima dela e deixei meu dedo pensar por mim, um nas costas, quase nas nádegas que o fez virar e me ver, confesso que senti um frio ao ver seus olhos em pânico, mas continuei, o segundo pegou de raspão no braço, o terceiro foi no tórax, disparei o quarto só pra garantir e ela pulou na frente, como se fosse blindada, como se pudesse me parar. O sangue do buraco em seu coração era grosso e jorrava rápido, olhei para o seu pescoço e vi o colar de ouro com pingente de coração que eu a havia dado, subi um pouco a vista até seus olhos que já estavam vazios de vida, cheios de morte e sangue. - Merda, merda, merda - pensei apavorado, - fodi tudo -, joguei a arma e a chave de fenda na cama e corri...
Estou aqui agora em cima do parapeiro da ponte, ouço umas sirenes ao longe, devem ser pra mim, mergulho de cabeça, e enquanto caio penso: - A mãe natureza sempre ganha, os machos sempre duelam até o fim pela mesma fêmea, e quando você perde, a “tão frondosa” natureza faz questão de esfregar na sua cara que você perdeu – Dor, sangue, cegueira, morte... Que o mar julgue e lave meus pecados.




Espero que gostem tanto de ler quanto eu gostei de escrever. Confesso que recebi influências claras do livro que estou lendo, O Chefão de Mário Puzzo (o livro que deu origem a trilogia do Poderoso Chefão).

Meus amigos, ainda estou em débito com alguns textos do blog, os lerei em breve. Espero do fundo do meu coração que o Bar dos Amigos não feche tão prematuramente, e nem que fique abandonado criando teias de aranha e poeira nos copos, onde antes repousava o líquido amarelo da vida, também conhecido como: cerveja.

Bom, é isso, até mais