segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Depressivo. Abalado. Indeciso.

Pois é, caros amigos.
Nada postei por muito tempo. Se cabe uma explicação, não uma desculpa, é minha falta de ânimo.
Mascarado como sou, tentei esconder minha angústia, reprimindo-a e escondendo-a do mundo. Vários títulos me foram atribuídos por aqueles que julgam-se amigos e afins, justamente pelo meu severo caso de, na gíria popular, "emisse".
Para não dizer ninguém, 3 pessoas sabem das minhas atuais circunstâncias emocionais, clínicas e dos problemas familiares e pessoais que passei/passo/estão para acontecer.

Queria escrever alguma coisa, e ontem acabou pintando um texto de reflexões aleatóreas minhas.


Depressivo, Abalado e Indeciso.

Indeciso, viajante sem rumo
Busco encontrar nesse meu desaprumo
A chave para meus enigmas;
A voz que rege meu mundo.

Abalado, aterrorizado e com medo;
Perdí-me naquele pequeno grande arvoredo
Que é o sofrimento, 
Tão amargo, tão azedo.

Depressivo, choro calado
Vivo a vida lamentando o passado
Não gosto do hoje, desacredito o futuro
O presságio me deixa aflito e atordoado.

Amigos vieram, amores também
São coisas que passam e te machucam, pois convém
Usar e usufruir, sem pensar naquele outro alguém
Que um dia ofereceu-lhe ajuda e deu-lhe o coração.

Esperança! Ó, Esperança!
Faça da sua virtude a sua força
E de sua força realize sua vontade;
Pois, ainda sim, um dia, há de renascer a humanidade.

Cesar Gusmão de Paiva Tavares,
20/02/2011

Abraço a todos os amigos leitores e autores,
MasqueradeUnleashed.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Poema Incompleto I

Meu caro eu
devo para de mentir
para você...
por mim

Talvez sinta falta desse sentimento,
dessa ilusão
ou talvez devesse esperar mais um outono
para ver de novo meu coração cair no chão
como as folhas da estação.

Teu não tão meu caro eu
me ajude caso contrário
devo morrer, não de morte morrida
nem de vida vivida
e sim de tristeza mantida
que não foi resolvida.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pensamento Andarilho - Introdução

Acordei como se fosse um dia feliz, mas estava desanimado como se fosse um dia triste, mas na verdade o dia estava demasiadamente normal, como se estivesse observando uma folha de papel caindo por entre arranha céus, relutante e vagarosamente caindo, calmo, quase uma terapia. Não tem problema, na verdade não se sabe se é um problema, e essa "idéia" de problema é que essa folha de papel é uma folha de papel e está caindo em direção ao asfalto no meio dos arranha céus.
Tudo que escrevi me lembrou um livro terapêutico que tenho em casa, mas o que de fato quis dizer no parágrafo anterior é que Acordei Normal.
E tudo parece tão sólido e sem gosto quando vamos direto ao ponto, mas não entrando nesse assunto e continuando o que eu queria realmente passar. Nós, humanos e seres com inteligência tão questionável quanto a nossa, julgamos as aparências, personalidades, estilos e por aí em diante, mas não olhamos para dentro, para o centro, para nós mesmos e com isso esquecemos algumas coisas importantes em qualquer relação humana, uma delas é sempre se colocar no lugar da pessoa, nos colocamos? Algumas vezes sim, outras muitas não. Questão de opinião.
E quando você se lembra do passado? Muita coisa volta a mente, principalmente quando você vai vivendo cada vez mais, você lembra de cada vez mais detalhes que lhe faziam feliz ou triste, de quando era criança e a maior parte da sua infância que foi se perdendo com o tempo (e junto com elas foram-se as pessoas da época), mas no momento ainda estou me tornando um adulto e, por onde passo, vejo e ouço histórias que me fazem crescer, onde passo vejo histórias de anos apenas por uma fotografia, ou uma imagem visual seleta, mas as conheço e de alguma forma aprendo com elas.

Continua...
Próximo Capítulo: Que Deus leve meu pai


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Olá amigos do Blog, falei há certo tempo atrás que começaria a escrever uma história de capítulos e apesar da primeira parte ser chata e um pouco exaustiva ela mostra uma visão do personagem principal, o narrador, até por ser uma introdução, mas espero que gostem de todas as partes e quem sabe não consigo uma coisa maior com essa história.
Queria dar também uma sugestão rápida: Que tal o blog ter um "Quem somos"? Como uma página a parte? Cada um poderia escolher alguém (algum autor) para falar sobre e no final juntamos tudo e colocamos no quem somos... Uma idéia a pensar.
Obrigado pelo tempo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Negritude da alma

Raiva
Eu sinto algo no meu peito
Zarparei para terras distantes
Onde não poderei ver algo que me lembre você

Parto amanhã cedo
Ódio
Retorno nunca mais

Dor
Indo rumo ao desconhecido
Ando milhões de milhares de passos
Saio em busca do esquecimento

Mas no meio do nada só penso em ti
E agora mais longe do que nunca
Lembro do que me fez um dia feliz
Havia razões para partir
Os dias não são mais os mesmos
Retorno aonde tudo começou
Então o sol volta a brilhar
Sem nem lembrar o porque um dia sai do lugar

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Palavras

Palavras (Ricardo josé)

" Acordei como que sem vontade. Sozinho, preso a uma realidade da qual não podia fugir. Permaneci deitado, a esperar os pensamentos e alguma vontade, algum desejo de mudar o que eu não tinha.

O tempo não me importava, passava longo e sem compromisso. Tateava os meus lençóis a procura de um perfume que esvaziasse aquele cheiro solitário que era apenas meu. Meus olhos vagavam errantes pelo quarto, procurando um sinal de diferença, uma marca escondida de existência. Tudo era igual, tudo era demais eu.

Sentei-me no colchão e por um segundo pensei em me levantar. Senti-me cansado do escuro, mas tinha medo da luz, tinha medo de ali, na claridade de um mundo real, desabar meus sonhos esculpidos no negro mármore da ilusão, e ver-me só, de encontro ao vaco.

Desprendi-me de minha consciência e entreguei-me a devaneios. Percebia com um longo sorriso que outrora fora seu, que meus risos se resumiam aos teus. E a saudade do teu perfume se desiludia sorvendo um mundo inverossímil por ser real demais, por não ter em nenhuma flor teu nome. Encontrava-me abraçando teu corpo de nuvem, entregando-me aos céus em que te encontraria, percorrendo o infinito a fim de te ver na linha de chegada.

Tento fugir desses pensamentos, tento fugir de você e suas lembranças. Mas me é inútil, seria como tentar fugir de meus braços. Como poderia pensar em arrancá-los? E tendo-os por um breve e eterno momento, como esquecê-los, como preencher o vazio que se formou em seu lugar?

Palavras... Tudo se foi resumindo a palavras que corriam por vezes desesperadas, mas em todos os momentos que percorriam seu corpo e alcançavam sua voz, encontravam-se serenas, significativas, num contexto que era você.

Tentei lutar contra a saudade, mas não via seu brilho na multidão, então me entreguei à escuridão de um mundo ilusório, onde qualquer imagem tua iluminaria meus cômodos, minhas letras, minha voz, meus sentidos...

Mas no limiar do amanhecer já não sabia se você existia. Se fora do meu mundo você era você, e se fora do nosso mundo eu voltaria a ser eu.

Não me levantei por não ter motivo. Não acendi as luzes para não te perder. Não cheguei a acordar, para nunca duvidar de você, mas cheguei a te esquecer quando acordava, mas para nos meus sonhos voltar sempre a te lembrar."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Navegando

As nuvens me fizeram pensar
o mar se juntou a elas
o amanhecer entrou
e o trio me fez paralisar

Depois de ver o céu de baunilha
adormeci matutando antigos casos
refrescando a memória
como as coisas mudam em uma semana

Estou cansado de correr
vou parar, esperar
e se não chegar
não viverei bem
mas viverei

Uma ou duas olhadas para o sol e
penso em como tudo chegou ao passado
e como o passado chegou ao agora
penso no meio... do nada
minhas acompanhantes são as nuvens
igual a mim não há ninguém...
e isso não é bom

Só o mar me entende,
só ele para me segurar,
me abraçar e me proteger.
e na minha vida,
em toda sua pouca experiência,
só vou entender porque
quando finalmente amanhecer.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Lista

Olá amigos, tudo azul ? Venho aqui hoje postar uma música do mestre Oswaldo Montenegro que nos faz refletir sobre a vida. A música tem uma letra muito linda, afinal estamos falando de um dos maiores poetas do Brasil (pena que poucas pessoas o valorizem).



agora a letra:


A Lista
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?





PS: Uma coisa que notei é que quase ninguém está mais comentando...o que houve galera ?