segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Histórias passadas, vidas presentes, eternos amigos.

Não pude evitar postar algo após ler os 2 posts anteriores, especialmente o do Ricardo.
É, pessoas vão, pessoas vêm.. Um dia todos terão que ir, traçar seus caminhos, seguir em frente com suas vidas... Mas de qualquer jeito, o que contará mesmo são aqueles momentos que eles estiveram alí por você, seja na festa, seja no show, seja quando você levou um pé na bunda da namorada e eles foram lá de dar apoio. É nesse momento que você percebe que uma amizade nunca morre, que seus amigos são eternos. Já falei isto algumas vezes, e em todas elas alguém me perguntou irônicamente "Mas como você pode falar isso, sendo que você não têm muitos amigos?". E novamente, responderei: Não tenho muitos amigos, verdade. Mas todos meus amigos são mais que colegas.

Alguns leitores e algumas pessoas mais chegadas podem afirmar quando digo que "Sou altamente introspectivo, me considero um guerreiro solitário que gosta de vencer suas próprias batalhas". Mas a maior parte disto é apenas um modo de agir. Gosto de aprender sozinho, com meus erros, daí vem o "guerreiro solitário".
Em termos metafóticos, sou como um lobo cinzento. Selvagem, vivo no meu canto, sigo minha vida. Mas na minha matilha, todos se ajudam, se protegem e, apesar das diferenças, se unem em prol do grupo. Fico feliz em dizer que vocês, amigos, são parte desta matilha.

Um momento revelador agora: Por que será que praticamente nenhum de vocês, amigos leitores e autores, me viu derramando uma lágrima? Por que eu não demonstro emoções?
A bombástica resposta é simples: Não quero parecer fraco, mesmo tais coisas não demonstrando isso. Não mostro meus sentimentos pois, em histórias passadas, já sofri muito por causa deles. Sou, na verdade, EXTREMAMENTE sensível e bastante emocional. (Outra bombástica: CHOREI NOS FILMES "UM AMOR PARA RECORDAR", "P.S. EU TE AMO", "O PACIENTE INGLÊS", "TUDO POR AMOR" e outros tantos filmes do gênero. E VIADO É A P**A QUE TE P****U.)

 Remetendo ao título do post, "Histórias passadas, vidas presentes, eternos amigos", é como eu disse: há, na vida de todo mundo, momentos bons, momentos ruins, amigos que estão conosco no presente, que já se foram ou que ainda estão por vir. Mas são estes momentos que estivemos com nossos amigos, que os tornam eternos.

Segue um vídeo que exprime exatamente à mensagem que queria mandar à todos vocês:



Agradeço à todos vocês, amigos leitores e autores, por fazerem parte deste círculo que tanto me ajudou e continua apoiando.
Um grande abraço.

domingo, 22 de agosto de 2010

Amizade

Eu ia tentar escrever apenas um comentário no post do Thadeu, mas percebi que para mim seria impossível falar o que é amizade naquele espaço.
Não tem como eu simplesmente definir "amizade", o que (como tudo depois de Einstein) é relativo.
Para os mais amargos, amizade, ou ter amigos, pode ser apenas uma forma de se expor e assim, ser machucado pelos outros.
Mas não vejo dessa forma, ter amigos é a única coisa que me mantém são, ou melhor, louco em um mundo cada vez mais real e inóspito. Amizade é a minha droga, que me mantém ausente da miséria de espírito que assola a humanidade a milênios.
Posso ser uma pessoa extremamente introspectiva, calada e, como muitos gostam de me chamar, "autista", mas, não sei se vocês verão da mesma forma que eu, as amizades que tive e cultivo, todas elas são de certa forma, uma maneira de me separar do que há de mais destrutivo em mim, separar-me dos pensamentos mais tristes.
E essa amizade é algo que, para mim, é extremamente necessário.
Não seria em nada parecido com o que sou, se não fossem as amizades que fiz, as pessoas com quem conversei. Já tentei imaginar como seria o meu mundo se não os tivesse conhecido ... É um pensamento tão distante que não consigo nem imaginar o seu começo. Mas agradeço sempre por como as coisas aconteceram. Há amizades que nós não temos como escolher, há pessoas que simplesmente ficamos sem ação ao conhecermos, e quando vemos, já estamos tão fortemente ligados à elas, que esquecemos que um dia nós vivemos sem elas.
As grandes amizades não são banhadas por algo lógico ou com um motivo, as grandes amizades acontecem sem termos controle, a amizade e a fraternidade não precisam de motivo para acontecerem, elas simplesmente acontecem.
Os amigos nos levam a esse estado onírico onde tudo parece certo e possível, afastando-nos do caos que o mundo se tornou.
Amizade é o único sentimento que vem ligado à equidade, não há ciúme na verdadeira amizade, a amizade não nos prende, pelo contrário, liberta.

"Amizade é a forma do hambúrguer para se distanciar da vaca morta."
(Santiago Nazarian)
Essa frase é do livro "Mastigando Humanos", um dos melhores livros que já li, apesar do nome e do estilo um tanto psicodélico, para quem gosta de introspecções, esse livro é ótimo.
Acho que essa frase resume um pouco do que eu falei, amizade para mim é uma forma de nos distanciarmos de todo o mal e caos que há no mundo.

E para finalizar:
"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações."
(Vinícius de Moraes)

Um forte abraço a todos, e até o próximo post.

Para me entender...

Venho por meio deste post pedir desculpas por, até agora, não ter participado efetivamente do blog, contribuirei sempre que puder.
Não acho que estou preparado para o vestibular e por isso venha tentando me arrumar, a vida e tudo mais, porém poderia de vez em quando dar minhas contribuições, isso até o dia em que eu descobrir que passei, nesse dia, postarei e participarei todo o santo dia!
Para deixar a leitura de vocês agradável vou postar um lindo poema para vocês:


Soneto do amigo (Vinicius de Moraes)

"Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica..."




Esse soneto acaba sendo uma homenagem ambígua, quero dizer... para duas pessoas que passaram ou estão passando na minha vida.
Apreciem!

sábado, 21 de agosto de 2010

Divagando sobre a vida, reflexões.

Pois é, amigos! O blog não tem tido muitas atualizações esses dias, salvo pelas do Ricardo.
Ando meio ocupado por aqui (nunca pensei que fosse dizer isso, mas enfim...), alguns eventos e fins de semana bem ocupados..

Em resposta ao "estado contemplativo" citado pelo Ricardão no post passado, gostaria de colocar uma música que me faz refletir sobre a vida, contemplar o mundo ao meu redor e perceber que não sou o único com problemas.. Sempre que escuto esta música, fico pensando sobre qual meu papel nesse grande teatro chamado vida.
Aí vai ela, "That's Life" de Frank Sinatra.



That's life (that's life), that's what all the people say
You're ridin' high in April, shot down in May
But I know I'm gonna change that tune
When I'm back on top, back on top in June

I said that's life (that's life), and as funny as it may seem
Some people get their kicks stompin' on a dream
But I don't let it, let it get me down
'cause this fine old world, it keeps spinnin' around

I've been a puppet, a pauper, a pirate, a poet, a pawn and aking
I've been up and down and over and out and I know one thing
Each time I find myself flat on my face
I pick myself up and get back in the race

That's life (that's life), I tell you I can't deny it
I thought of quitting, baby, but my heart just ain't gonna buyit
And if I didn't think it was worth one single try
I'd jump right on a big bird and then I'd fly

I've been a puppet, a pauper, a pirate, a poet, a pawn and aking
I've been up and down and over and out and I know one thing
Each time I find myself layin' flat on my face
I just pick myself up and get back in the race

That's life (that's life), that's life and I can't deny it
Many times I thought of cuttin' out but my heart won't buy it
But if there's nothin' shakin' come this here July
I'm gonna roll myself up in a big ball a-and die

My, my!


Cito uma frase de Voltaire:
"Esta vida é um perpétuo combate e a filosofia o único emplastro que podemos pôr nas feridas que recebemos de todos os lados." 

E uma de Shakespeare, em Macbeth:
"A vida é uma simples sombra que passa (...); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa."


Assim acabo meu post de hoje, devaniando sobre a existência dos seres, o fardo da consciência e o porquê da vida. Boa "madrugada" à todos os amigos. Até a próxima!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Muitas coisas....

Inicialmente peço desculpas a todos pelo meu curto afastamento, mas semana passada foi horrivelmente atribulada, e essa será a mesma coisa. Portanto, vou aproveitar agora para postar tudo!
Primeiro uma música que eu tenho ouvido há algum tempo e que me deixa profundamente contemplativo. Espero que gostem...



How Can You Mend A Broken Heart
(Al Green)

I can think of younger days when living for my life
Was everything a man could want to do
I could never see tomorrow, I was never told about the sorrow

And how can you mend a broken heart?
How can you stop the rain from falling down?
How can you stop the sun from shining?
What makes the world go round?
How can you mend this broken man?
How can a loser ever win?
Please help me mend my broken heart and let me live again

I can still feel the breeze that rustles through the trees
And misty memories of days gone by
We could never see tomorrow, no one have told us about the sorrow

And how can you mend a broken heart?
How can you stop the rain from falling down?
How can you stop the sun from shining?
What makes the world go round?
How can you mend this broken man?
How can a loser ever win?
Please help me mend my broken heart and let me live again

Um poema de um grande mestre e, mais do que já foi exposto aqui, que eu sou um grande fã.

Soneto de Fidelidade (Vinícius de Moraes)

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

E para terminar o post de hoje - e provavelmente da semana! - uma pequena citação de outro grande poeta brasileiro, que infelizmente também já se foi, deixando-nos sozinhos, sem suas canções.

"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi."
Cazuza

domingo, 8 de agosto de 2010

O Último Discurso

Hoje assisti ao filme "O Grande Ditador", sei que tardiamente, mas enfim o assisti inteiro. O filme estava engraçado, muito bom, porém sentia falta da profundidade dos filmes de Chaplin. Eis que nos 3 ou 4 minutos finais, Carlitos faz um discurso ... Não foi qualquer discurso. Saindo do papel de um homem simples e que ia de desacordo com o regime ditatorial e anti-semita de Adenoid Hynkel (sátira óbvia a Adolf Hitler), Chaplin, em seu primeiro filme falado, discursa sobre a vida na modernidade, ditaduras, liberdade, o homem.... Charles Chaplin nos mostra sua indiscutível genialidade e sua maestria com as palavras, pois já conhecíamos sua facilidade de nos dizer o que queria através dos gestos e expressões faciais. Juro que fiquei estarrecido com esse discurso.
Bem, sem mais rodeios, vou postar o discurso para vocês, sei que ele é grande, mas leiam até o final, mesmo os que já o conhecem, é simplesmente maravilhoso.

"O Grande Ditador"
Charles Chaplin

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio ... negros ... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.

Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progreso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"

Um abraço a todos, pensem nessas palavras. E já que ele fala de liberdade, faço-lhes a mesma pergunta que meu pai me fez: "O que é liberdade para você?"

Long Way From Home

Bem, como eu já previa, logo após dizer que não conhecia nenhuma música uma veio a minha cabeça. Apesar de não ser exatamente sobre distância, é sobre um amor afastado, seja pelo tempo ou pela distância. A música é: "Long Way From Home" do Whitesnake.


sábado, 7 de agosto de 2010

2000 Anos Luz

Aproveitando a ideia de Cesar, darei minha contribuição na nova coluna do blog:
Musicas-tema

O tema dessa semana, quinzena ou mês ainda nao sei como será definido é amor à distância, e nada melhor do que uma música que fala sobre estar a 2000 anos luz de seu babylove

I sit alone in my bedroom
Staring at the walls
I've been up all damn night long
My pulse is speeding
My love is yearning

I hold my breath and close my eyes and
Dream about her
Cause she's 2000 light years away
She holds my malakite so tight so
Never let go
Cause she's 2000 light years away
Years Away!

I sit outside and watch the sunrise
Lookout as far as I can
I can't see her, but in the distance
I hear some laughter,
We laugh together

I hold my breath and close my eyes and
Dream about her
Cause she's 2000 light years away
She holds my malakite so tight so
Never let go
Cause she's 2000 light years away
Years Away!




PS: Semana que vem se minha preguiça e as aulas cooperarem começo minha nova-primeira coluna

Atrasado

Bem, juro que tentei pensar em alguma música que rondasse esse tema, mas não consegui pensar em nenhuma, e já tinha muito tempo que não postava. Mas continuarei pensando em alguma!!!
Vou postar uma do Queen, o nome é "Somebody To Love".



E vou postar uma passagem do livro A Insustentável Leveza do Ser, onde Milan Kundera diz:
"Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo esboço não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."

E um pouco depois nesse livro, ele nos diz um ditado alemão que sintetiza um pouco, junto com essa passagem, o que ele pensa sobre a vida:
"Einmal Ist Keinmal" (Uma vez não conta. Uma vez é nunca)

Abraços a todos, e desculpem pela demora.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma proposta aos autores e aos leitores!

Estava tendo "um sonho acordado", onde "vivo um clipe personalizado" ao ouvir uma música. Daí resolvi dar uma idéia aos amigos autores e leitores!
Penso que seria interessante, de tempo em tempo, fazermos uma "pesquisa" sobre determinadas músicas que seriam a primeira escolha ao se tratar de determinado assunto. Aí um posta sua música e os outros fazem uma outra postagem como resposta com outra música sobre o mesmo tema!
Para esclarescer as coisas, nada melhor que um exemplo:

A música que me vem à cabeça quando penso em "amor separado pela distância" é "I Don't Wanna Miss A Thing" Do Aerosmith!



E as de vocês, amigos?

domingo, 1 de agosto de 2010

Poesias

Olá a todos!
Já tem muito tempo que eu estou postando músicas, então, vou postar uma poesia minha e uma de Camões, claro que não chego nem aos pés dos sonetos de um dos maiores poetas lusitanos. Porém, espero que gostem.
P.S.: Vou postar o meu primeiro, pois se colocasse Camões antes, o meu pareceria pior do que é.

Teu Sangue (Ricardo José)

Senti o amargo gosto
Do meu sangue, preso na garganta.
Sufocado pela dor, pela
Subjetividade inebriante.

Admirado pelo compasso de meu coração,
Não senti o corte profundo
Que tu fizestes enquanto, apaixonado,
Olhava para teus olhos

Sangue rubro e ainda quente.
Ainda do meu peito não saiu,
Pois o brilho de teus olhos
Encontram-se nos meus.

Sangue quente e ainda vivo.
Não era meu, este que saía do peito.
Era teu, pois foste tu,
A dona do meu coração.


(Camões)

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etério, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Abraços e boa noite!