sábado, 9 de outubro de 2010

O Eterno / Já é tarde meu Amor

Olá a todos!!
Finalmente o blog está retomando o seu ritmo de postagem!
Bem, eu estava na dúvida sobre o que postar agora, mas depois do post do Thadeu, lembrei-me que havia escrito um poema (essa semana) pensando no final do "Soneto da Fidelidade" ("Mas que seja infinito enquanto dure"). Então, vou postar esse e outro, também escrito essa semana que, claro, também tem uma influência de Vinicius (ainda mais agora que comprei "Antologia Poética" ).

O Eterno (Ricardo José)

Na poesia impura da cidade,
Envolta de morte
E desespero,
Ainda encontro versos
Que falem do amor,
Do mais puro amor eterno.

Na incrédula luz,
O negrume da incerteza
Associa-se ao medo.
Mas em teus olhos
Ainda resplandece a luz ...

Mas foi nos teus
Braços que senti desespero.
Percebi, de súbito,
Que nada é eterno.

Mas foi no teu riso
Que sorri, e nos
Teus olhos que amei.

Não, não é o tempo
Que dita o Eterno ...

É o coração.


Já É Tarde Meu Amor (Ricardo José)

Já é tarde, meu Amor ...
Tu deixastes o amor morrer,
Adoecer em teu peito vago.

O que antes era tenaz,
Teu corpo gélido,
Tua mão fraca
E teus beijos distantes,
Tornaram-no fugaz
E sem sentido.

Se a morte de algo tão belo
É precedido por dor ...
Desejo-me alienar de paixões.
Desejo apaziguar teus sabores
Com amargos pesares,
E esquecer-te para sempre.

E esquecer-te no infinito,
E no infinito, reencontrar-te
E quem sabe amar-te uma vez mais.

Mas, meu Amor,
És morta nossa paixão,
Fostes equânime ao julgar-me.
Decidistes esquecer-me ...

Já é tarde ...
Ainda é tarde ...
Mas é cedo no infinito.

E é infinito o Horizonte.

E o Horizonte são teus beijos,
Teus olhos, tuas palavras.

É cedo, meu Amor,
Mas nos amaremos uma vez mais,
E há de ser eterno,
Há de ser belo,
Há de ser sincero ...


Um grande abraço à todos.

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