Galera, um aviso a todos: Só não posto minhas poesias aqui porque já tenho um blog para esse fim, então lhes convido para fazer uma visita no Existência.
Gostaria de agradecer o apoio do Cesar, não só quanto ao texto que escrevi aqui, mas também por me ajudar a escolher as poesias que colocaria no concurso, e também ao Ricardo que sempre me apoia em tudo, em todas as minhas ideias malucas, desde o Marujada Carcumida até hoje, coisas que são muito bacanas relembrarmos, apesar de ter perdido o forum...
O meu objetivo de estar aqui é estar presente nesse blog aonde todos podem colocar um pouco de si, e esse pouco de mim vem em seguida:
Vou colocar dois textos de Vinicius de Moraes e um texto meu (já existente, e está lá no blog) aonde eu faço uma interseção entre esses dois textos de Vinicius.
Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes)
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Soneto de Carnaval (Vinicius de Moraes)
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo
Do carnaval a fidelidade (Thadeu Werneck)
Pássaros cantando... Acabou de amanhecer um dia em que não dormi, mas não tem nada a ver com estar depressivo e pensativo, não dormi para me manter no horário certo. Agora só durmo hoje a noite bem cedo. Mas não vim falar da minha vida, nem de meus horários, isso é apenas uma introdução convidativa para ler a minha prosa, ou crônica poética (chame do que quiser) que vai vir a seguir.
Tentei acordar uma vez ao seu lado, mas não foi falha minha, tentei chegar a um objetivo, mas acabei por conservar os nós. Sorri por um momento, parei de sorrir. Sorri por outro momento, não consegui. Não tem nada a ver com tristeza e sim com lembranças. Disseram-me que águas passadas não movem moinhos, me disseram que era vento, não me disseram nada das lembranças, se elas movem moinhos ou não. Agora sei. Elas movem. Um mestre me disse uma vez, num consolo de carnaval, que aquele beijo, aquele corpo não seria mais encontrado, foi só um acerto repentino entre nós dois. O mesmo mestre também disse que o tempo que durar, se durou, foi infinito. Mestre, aquele beijo de carnaval repentino, durando o tempo que durou, se encontrando o tempo que encontrou, foi infinito.
A conclusão disso afinal é que uma vez ocorrido na vida, vira lembrança e virando lembrança torna-se infinito, pois durou um tempo e o tempo que durou vai se arrastar no tempo que está durando.
Águas passadas não movem moinho. Ventos passados não movem moinhos. Lembranças passadas são infinitas.
Obrigado pelo tempo e até mais!
É, Thadeu.. Impossível deixar de comentar pela milésima vez como eu gosto dos seus textos. Obrigado pela citação alí, sabe que pode contar com o apoio. Continue com os textos!
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