terça-feira, 28 de junho de 2011

Apoio esse cara

obs: como não postaram terça coloquei esse video, já que não postei domingo

http://www.youtube.com/watch?v=Wq300dD-6PM&feature=player_profilepage


http://www.youtube.com/watch?v=m2gzvG-dKng&feature=player_embedded



concordo plenamente...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Junho - Stab

Desde o mês passado eu to ouvindo direto Planet Hemp mas esse mês foi todo dia pelo menos uma música, som de boa qualidade. Então nada mais justo do que escolher uma música deles para resumir o mês. Confesso que foi difícil escolher porque 95% das músicas deles falam de nhacoma e não é o ponto que eu queria exaltar.

Stab é uma música, que apesar de também citar o boldo, tem uma melodia muito cativante, da pra viajar legal ouvindo. A letra faz diversas críticas sociais e mostra que a paz é o melhor caminho. Peço para quem for ouvi-la que faça sem preconceito porque ela é muito bem feita.



Frase da Pesada: "Entra Fernando e sai Fernando e quem paga é o povo, que pela falta de cultura vota nele de novo. E paga caro, com corpo e com a alma, e entrega nas mão de um pastor, pra ver se salva. Com a barriga vazia não conseguem pensar, eu peço proteção a Deus e a Oxalá."




Se alguém se interessar pela letra completa: www.letras.terra.com.br/planet-hemp/76617/

sábado, 25 de junho de 2011

Existência de Menino

Um pequeno conto poético que escrevi no existência



Um menino, um menino normal, andava saltitando pelo corredor. Uma menina, uma menina bonita, parava de saltitar.
- Aonde você aprendeu isso? - Perguntara a menininha linda.
Ficou quieto, o frio chegou a sua barriga. "Deu um branco no meu estômago, ela falou comigo!". Nenhuma palavra foi pronunciada.
- Vamos brincar que estamos num trem!?- Ela deu a ideia.
- Que tal continuarmos a andar assim, juntos?
Ela respondeu que sim com gestos e enquanto andavam, pulavam, saltitando, como qualquer criança faz. Desceram uma rampa, encontraram a saída e seguiram em frente. Quando o menino, menino bonito, olhou para trás, a menina, menina normal, havia sumido.
O menino já um pouco crescido encontrou outra menina, menina essa que pegou seu coração.
- Mas... de quem mesmo você gosta? - Ela perguntara.
- Já falei, de você.
- Impossível, é brincadeira!
Com seu coração na mão, rejeitou-o e o jogou no chão. Ele tentou ignorar, fez os anos passarem, até encontrar, outra menina, menina essa desenvolvida, mas a atração era puro visual, nem mesmo a conhecia. Depois que dançou com ela num baile, simulou um tiro no coração, mas quem o ajudou foi outra menina, por quem se apaixonou.
- Você mentiu pra mim! - Ela retrucou.
- Não menti, só tive medo.
- Acho melhor esquecermos isso.
O menino, menino chateado, menino normal, esqueceu essa menina. Depois de esquecê-la, jurou junto a Deus não amar mais ninguém, para não se machucar mais.
Mais veio uma menina, menina triste, que se apegou ao menino e o menino no apego esqueceu-se de seguir o texto, e a menina se foi, porém voltou, descobrindo os dois que o sentimento não acabou.
- Não sei mais de nada. - Disse ela.
- E o que eu posso fazer?
- Me dê um abraço!
Menino que um dia foi criança, foi menino e que agora encara seu próprio adulto. Menino de várias faces, de várias dúvidas, de vários aprendizados e ideologias, menino que se espelha em busca do real, menino que acredita na mentira alheia, mas depois aprende de forma normal. Menino que sabia como cantar, mas não sabia assobiar, menino que tinha medo de ser, quando descobriu que era. Menino que acha que o amor é como um computador. Menino pra sempre, meu caro menino, você vai encarar nessa vida um outro menino achando que não é menino. Sua simplicidade menino é sempre saber que para sempre será menino.
E ele, menino encontrado, voltou a saltitar sem a conclusão do termo amar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Quase

Quase

Eu quase choro
Quando quase durmo
E quase vejo seu rosto em meus sonhos.

Quase digo que não te amo,
Quase arranco você de minha alma,
Quase consigo viver em paz,
Mas quase morro se sua voz o vento me traz.


poeminha curto, só pra pra não falar que não postei

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ditadura e Sigilo Eterno

Este post nasce de uma indignação, portanto devo avisar - o que deveria fazer em todos os meus textos do blog - que o texto abaixo diz respeito à minha opinião, e não a do blog ou dos seus demais participantes.

Nesta terça-feira, 21/06/2011, 17 ex-militares foram expostos a julgamento devido a "participação direta em tos de repressão e violência durante a ditadura militar no país (1966-1973)" (O Globo - Online). Para quem não sabe a Argentina teve diversos golpes de Estado ao longo do século XX (ao todo foram 6, todos feitos por militares), acabando por se tornar uma democracia fragilizada frente a tantos golpes. Isto torna ainda maior o seu mérito por conseguir julgar e prender ex-militares que tiveram participação nas torturas, mortes, sequestros, etc.

Outros países latino-americanos também já estão aderindo a esse 'movimento' (infelizmente não conheço todos e nem de outros continentes), a exemplo o Chile e o Uruguai, que já julgaram e também prenderam.

Infelizmente no Brasil não vejo uma tentativa mais empenhada de julgar esses ex-militares. A Comissão da Verdade, que é uma tentativa de expor à sociedade civil relatos da Ditadura e possivelmente o que aconteceu com diversos cidadãos desaparecidos nessa época, infelizmente ainda vem sendo discutida a sua criação... A tempo demais...

Felizmente hoje desistiram de discutir a possibilidade de manter em sigilo eterno documentos oficiais sobre a história do Brasil, devido ao protesto de quase todos os representantes e da oposição. O que me surpreendeu foi o fato de os dois presidentes pós-redemocratização terem incentivado o sigilo. Não que Sarney e Collor sejam presidentes exemplares (maior eufemismo e ironia do mundo). Este sigilo seria uma forma de não chegar à sociedade civil, e também ao exterior, os podres que ocorrem e ocorreram na política brasileira e internacional.

A maior ligação que eu pude fazer para que quisessem o sigilo foi com a Ditadura Militar. Não é segredo que o EUA financiou e apoiou a Ditadura (em praticamente toda a América Latina), com o consentimento dos países europeus ocidentais, o bloco capitalista. E que nessa quebra de sigilo fossem expostos documentos oficias (com maior credibilidade do que os do WikiLeaks) sobre a participação do governo estadunidense na morte, agressão, seqüestro e tortura de diversos brasileiros, e até mesmo no detrimento das políticas públicas, influenciando no estagnamento e retrocesso de diversos indicadores sociais.

Outro ponto importante, e esse foi apontado por Sarney e Collor, seria o da Guerra do Paraguai. Essa guerra foi um verdadeiro fracasso para o desenvolvimento da América Latina e da sua possível libertação econômica dos centros capitalistas. Brasil, Argentina e Uruguai eram extremamente dependentes da Inglaterra, e essa precisava da economia subdesenvolvida da América Latina, de sua mão-de-obra desqualificada e grande número de consumidores. O Paraguai, entretanto, estava se mostrando extremamente desenvolvido e independente economicamente, com altos índices sociais. Após uma luta claramente covarde, o Paraguai nunca mais se levantou da queda, permanecendo de joelhos como os demais países da América do Sul.

Portanto, a meu ver, se fosse aprovado o Sigilo Eterno diversas potências (ainda e sempre imperialistas) continuariam escondidas, tornando a discussão quase que irrelevante, apenas ‘coisa de gente de esquerda’.

Felizmente não foi aprovado, e eu particularmente espero que os relatos da Ditadura sejam expostos e os ex-militares presos por seus crimes. Não é vingança! Apenas justiça. Não se deve esquecer o período e nem as implicações sociais, políticas, econômicas e históricas em que ele se deu, culminou e proporcionou.

Para quem se interessar pelo assunto, recomendo mais do que avidamente a leitura do livro "As veias abertas da América Latina", escrito pelo Eduardo Galeano, que pesquisou a fundo a questão da dependência econômica e do eterno subdesenvolvimento e a falácia do termo 'em desenvolvimento'. Leiam!!!

domingo, 19 de junho de 2011

Em busca da luz(A história de Pedro Ike)

Capitulo 5 – Fora da caverna


-Abram caminho, abram caminho!

Passa a maca levando uma moça grávida, acompanhada de enfermeiros e um homem desesperado.

-NÃO LARGUE MINHA MÃO SEU VIADO!

Então eles entram na sala de parto e o homem é aconselhado a deixar a sala, porém a mulher não o deixa sair. E assim começa o trabalho de parto, após uma hora e meia...

- UÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉH

A moça recebe o bebe em seus braços e da um sorriso e olha para o homem ao seu lado e diz:

- Tem os mesmo olhos do pai, então terá o mesmo nome dele, Pedro Ike

-Querida cheguei!

-Oi querido, Pedro quase disse sua primeira palavra hoje

-Aposto que foi mamãe

-Na verdade nem mamãe, nem papai, acho que foi Rolllllll. Os dois riem

Após a risada a face de Pedro toma uma expressão séria.

-Irene, eu tenho que falar com você sobre aquilo... o tempo já esta chegando...

-Querido, você não pode abandonar a gente assim, ainda mais quando o Pedro esta nessa idade.

-Querida, eu devo partir logo quando ele esta desse tamanho, porque se ele se lembrar de mim, vai ser pior para ele, e para mim... eu vou continuar ajudando a família com dinheiro.

Ela deixar cair o prato que segurava, quebrando-o em varias partes.

-DINHEIRO NÃO COMPRA O PAI QUE ELE VAI PRECISAR, QUEM VAI SER O HOMEM EM QUE ELE VAI SE ESPELHAR, O VIZINHO BÊBADO AQUI DO LADO?

O bebe começa a chorar e logo a sua mãe o pega no colo e começa a acalmá-lo.

-Querida você sabe que eu não queria que fosse assim, você sabe o meu trabalho, você sabe que eu tenho que fazer isso. Ele se aproxima dos dois.

-Eu sei... eu sei querido...

O pai abraça então sua mulher e seu filho juntos. E então a figura do pai desaparece e o filho cresce agora abraçando sua mãe, já com cabelos grisalhos e grávida.

-Mãe eu acho que já faz oito meses, o bebe já vai nascer!

-Não vai não querido, só na semana que vem segundo os médicos. Então os dois se sentam no sofá.

-Mamãe, eu sempre quis saber, porque meu pai partiu, e quando?

-Querido, ele nunca nos amou, ele foi embora logo quando eu engravidei e você.

Pedro fica nervoso e grita:

-Maldito, porque ele não pensou nas conseqüências disso? Eu o odeio, odeio completamente!

- Mas mãe... Pensando aqui, eu nunca tive coragem de perguntar, mas como você engravidou de novo?

A mãe olha para baixo e começa a chorar. O filho olha comovido com a mãe e pergunta de novo:

-Como mamãe?

-Querido... Eu fui estuprada!O espanto, seguido de tristeza veio à tona no rosto de Pedro

-Então, mãe, ela não é minha irmã de verdade?

-CALA A BOCA PEDRO!Claro que ela é e sempre vai ser sua irmãzinha, cuide dela como eu cuidei de você, com muito amor e carinho e sempre, sempre a proteja!

-Claro! Pedro abraça então sua mãe e os dois sorriem.

-Filho eu menti para você. Pedro não entende e pergunta:

- O que você mentiu?

- Não é semana que vem... É AGORA! Irene mostra sua mãe cheia de sangue.

-Abram caminho, abram caminho!

Passa a maca levando uma senhora grávida, acompanhada de enfermeiros e uma criança desesperada.

-NÃO LARGUE MINHA MÃO PEDRO!

Então eles entram na sala de parto e o menino é aconselhado a deixar a sala, porém a mulher não o deixa sair. E assim começa o trabalho de parto, após uma hora e meia...

- UÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉH

A moça recebe o bebe em seus braços e da um sorriso e olha para Pedro ao seu lado e diz:

- Tem os mesmos olhos do irmão, vou chamá-la de Holly!

Então Pedro da um beijo em sua irmãzinha e diz:

-Eu prometo te proteger Holly, com minha vida.

Então os médicos pedem para ele ir sair dali e ir para a sala de espera, e quando o mesmo da um passo para fora da sala, a mesma se transforma no portão de casa, então eu me agacho e dou uma última olhada na foto e digo:

-Tudo certo Holly?

-Sim capitão!

-Então sobe nas minhas costas, que temos um longo caminho a percorrer.

E então é dado o primeiro passo em direção a cidade do interior chamada Base.

Continua...

sábado, 18 de junho de 2011

Arabutã

Rio - Caxambu 

Saciava sua fome com um biscoito de pacote que carregava na mochila enquanto ainda estava esperando um ônibus, mas não demorou muito para que ele chegasse. Entrou desordenado, colocou o dinheiro separado do bolso na mão do trocador que tinha um olhar cansando, sem importância. Olhou em seguida para as pessoas, pareciam ter suas vidas esmagadas por um peso tão cruel que o mesmo, por pura maldade, deixou-as vivas. O único banco vazio se encontrava no final do ônibus, onde uma senhora estava sentada ao lado. Sumiu do mundo enquanto o ônibus andava, imaginava reencontros, um chegada rápida e uma volta acompanhada, imaginava sua casa com mais um integrante, imaginava sua vida transformada, imaginava sempre o melhor, o positivo. Ninguém tinha lhe contado a verdade sobre a crueldade do mundo. Na verdade já tinham falado de histórias, cuidados e atenções que deveria tomar, mas para ele eram apenas os vilões de sempre que poderiam ser derrotados com um herói qualquer, podia ter quinze anos, mas sua inocência era tão pura que seu rosto só liberava dez anos de vida.
Percebeu a senhora, a que estava ao seu lado, era a única ali que parecia estar sorrindo constantemente sem precisa de motivo ou, pelo menos, nenhum motivo que ali se encontrava.
- Com licença, você conhece a cidade de Arabutã?
- Arabutã filho? Não conheço não... Onde fica?
- Não sei, queria saber, preciso ir pra lá.
- Desculpe filho, não sei.
- Obrigado mesmo assim.
Voltaram os dois aos seus estados anteriores, mas a conversa foi retomada não durou muito tempo.
- Você sabe onde fica a rodoviária?
- Sim, eu estou indo para lá, vou te levar, tudo bem?
- Sim! - Teve um motivo a mais para sorrir, aparentemente estava tudo dando certo - Muito Obrigado senhora.
Seu estilo simples de falar comoveu o menino, era uma pessoa tão doce em suas palavras, sua expressão e no seu olhar.
- Vou voltar para meu marido em Minas Gerais, vinte anos que não o vejo.
Enfim, estava explicada a sua felicidade constante e sua esperança comovia o menino.
- Que bom! Eu também vou encontrar uma pessoa em Arabutã.
- Parece ser uma pessoa muito importante para você, está muito entusiasmado. - A conversa animada não parou.
- Estou sim! Não espero a hora de chegar até essa cidade!
- Guarde a euforia para o reencontro!
Os dois ficaram conversando sobre tudo o que poderiam imaginar, sobre os desejos, sonhos, habilidades e a vida.
Chegaram então à rodoviária, aonde saltaram e andaram até sua entrada principal.
- Aqui estamos, amiguinho.
- Obrigado e boa sorte!
- Mas onde está sua mãe?
- Não, não, vou ver minha irmã.
- Onde ela está?
- Em Arabutã.
- Com quem você vai? Sua mãe, seu pai?
- Ninguém.
Ela ficou em estado de pânico, sem saber o que fazer, sem saber o que falar.
- Como pretende chegar a essa cidade, amiguinho?
- Vou pegar um ônibus, não tem outro jeito. Preciso ver minha irmã, ela não pode ficar sem mim!
Estava começando a ficar desesperado ao perceber o olhar estatelado da mulher.
- Não! Seus pais sabem?
- Eu não tenho pais. Só temos eu e minha irmã.
Suas palavras foram frias e sem coração o que deixaria qualquer um triste.
- Você não me falou isso! Como irei te ajudar?
- Não precisa se preocupar, seu marido te aguarda.
- Deixe eu te levar até lá! Vamos comigo!
- Não se preocupe, eu pego um ônibus qualquer que vá para Arabutã.
- Deixe que eu te leve, vamos comigo até Caxambu, eu e meu marido te levamos até sua irmã.
Um desvio na sua viagem poderia ser a queda, poderia dar tudo errado, mas ele não sabia para onde estava indo, poderia se perder, poderia não chegar lá, talvez com a ajuda de uma pessoa mais velha ele conseguisse. Tudo isso passou tão rápido por sua cabeça que a resposta foi na mesma velocidade.
- Tudo bem.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sociedade, indivíduo e outros mais

Primero peço desculpas pela minha ausência na semana passada e por estar um pouco afastado do blog, mas final de período sempre é complicado... Temos que fazer tudo que enrolamos durante o período inteiro.
Esse texto eu havia escrito na semana retrasada e era para o ter postado semana passada. Mas tudo bem.
Ele quebra um pouco a minha sequência de prosas e poesias mais românticas, voltando um pouco aos textos mais 'políticos' (não sei se é muito bem o caso desse), mais sociais.
Espero que gostem. Não tem título.

(Ricardo José)

A existência em sociedade, a vida social, só foi possível através da supressão de instintos básicos, impulsos, desejos e individualidades. Essa vida social é necessária para garantir aos indivíduos segurança (tanto de ameaças externas quanto dos seus próprios agentes), garantia de necessidades básicas e a perpetuação da espécie. (Os mecanismos econômicos, sociais, políticos, religiosos, todos vieram com o intuito de preservar o mínimo do indivíduo para manter a sua constituição de agente social, ou seja, para a preservação da sociedade).

A sociedade tem como necessidade a sua expansão, e ao se dar esse processo ela supre as vontades individuais em prol das suas. Adquirindo cada vez mais agentes, o processo de interação entre indivíduos tende a diminuir e a se tornar obsoleto e até mesmo indesejável, restringindo-se a pequenos grupos sociais.

O ser humano, porém, tende a tentar reviver a importância da personalidade e a garantir a sua individualidade dentro do espaço social, e a sociedade abre espaço para isso - tendo em vista que a questão econômica obtém maior importância nas metrópoles modernas - na divisão social do trabalho. A intensa segmentação dos postos de trabalho faz com que o indivíduo ganhe importância individual e seja menos substituível.

Entretanto, essa aparente liberdade é falsa ao analisar que ela é submissa ao trabalho segmentado de outros indivíduos. O homem no seu anseio por liberdade individual se vê preso a outros para sobreviver em uma sociedade cada vez mais heterogênea.

Frente a essa recém individualidade cada vez mais estimulada, o homem vê na cultura a sua salvação e resposta para as suas ações e situações. Tenta-se explicar através da cultura - política, religiosa, moral, artista, mental, econômica, científica - a atual condição do homem em sociedade, de sobriedade sensitiva, cada vez mais intelectual e aculturado. Essa cultura, como se disse acima, é uma forma de diminuir a liberdade e a individualidade do homem, suprimindo suas necessidades psíquicas, fisiológicas, individuais, fragmentando sua personalidade em diferentes papéis sociais, adaptando-se às circunstâncias sociais.

A liberdade plena torna-se impossível, pois é contrária à vida em sociedade.

sábado, 11 de junho de 2011

Arabutã

Rio-Arabutã
Saiu de casa em uma noite quente, o ar da cidade estava sendo consumido pelos prédios. Parecia uma formiga diante do mundo. Colocou a mão nos cabelos, olhou para baixo e deixou sua mão cair. Ora como é o mundo, ora como é sua vida. Passava o tempo, ele esperava em frente ao prédio, esperava algo. Talvez idéias, talvez alguém. Os dois. Sua mochila de marca mostrava sua vida transformada, seu corpo na calçada mostrava mais uma mudança que chegava.
A primeira idéia veio à cabeça, a mais fácil por sinal, ir até uma rodoviária e pegar um ônibus que chegue até Arabutã. Então começou a andar. Andou, e depois de um bom tempo andando, parou, olhou para os lados, estava no Largo do Machado, já tinha andando o suficiente, mas ainda não sabia como chegar à rodoviária, deu uma espiada na rua e viu um homem no balcão de uma farmácia de esquina. Entrou na farmácia, olhou para os lados, demorou um tempo, pegou um creme dental, observou e colocou de volta na prateleira.
- Posso ajudar?
- Não, obrigado, só estou olhando.
Rodou duas vezes a farmácia, criando coragem e tentando se convencer que isso daria certo. Fitou o homem no balcão, chegou perto, fez um gesto com a boca e após soltar o ar resolver soltar as palavras.
- Eu queria... Bem... Queria saber onde fica a rodoviária... Digo, daqui, qual ônibus pego?
A expressão do homem demonstrou certa duvida, olhou para a rua, tentou lembrar-se de alguma coisa e arregalou os olhos. Ele lembrou.
- A Novo Rio?
- Acho que é.
- Bom, se for a Novo Rio você atravessa essa rua e pega naquele ponto ali em frente o um, sete, zero, mas também pode ser o um, sete, oito... - Apontava para a rua principal da esquina da farmácia, mostrando um ponto de ônibus em frente a uma galeria. - Ele para na rodoviária.
Olhou para o ponto, virou para o homem, agradeceu e voltou a andar, mas foi surpreendido.
- Tome cuidado por aqui. Tem muito pivete andando aí na rua, principalmente essa hora da noite.
- Pode deixar.
Continuou com alguns passos.
- Quantos anos você tem?
- Quinze. - Sorriu por educação. Estava com muita pressa e já estava andando novamente.
- Vai encontrar com sua mãe?
Ele parou, olhou fundo para o nada, a coragem começou a subir por sua veia. Ele sorriu e sem olhar para trás, respondeu.
- Vou encontrar minha irmã.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nuvem

Olá pessoal, hoje não vou postar poesia, vou postar uma música do nengheiros que eu gosto muito, de um álbum muito bom chamado Minuano de 1997. A música se chama Nuvem, espero que gostem


Nuvem
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger

Se está com ele está sozinha
e sozinha não quer mais ficar
se está com ele é porque quer
porque não quer mudar

Diga adeus
diga adeus ou não diga nada
diga adeus

se está chegando o fim da linha
'tá na hora de saltar
se está com ele está sozinha
e sozinha não quer mais ficar

diga adeus
diga adeus ou não diga nada
diga adeus

não vá perder a hora certa com a pessoa errada
diga adeus, !adeus!


a vida não pode ser um contagotas na tua mão

chuva que não chove...sol que não sai
a vida não pode ser medida com precisão
motor que não se move...nuvem que não se vai

se está com ele está sozinha
e sozinha não quer mais ficar
se está chegando o fim da linha
'tá na hora de saltar

não vá perder a vida inteira com a pessoa errada
diga adeus, diga adeus

vai chover, vai secar, serão águas passadas
diga adeus, !adeus!


agora o vídeo

domingo, 5 de junho de 2011

Dear Prudence

eu tinha programado um texto, até que era legal, mas não foi...então tenho a chance de postar algo diferente, lá vai.


--------------------------------------------------------------------------------

Uma menina entra cabisbaixa chorando e se senta em uma mesma na biblioteca, ela chora durante um bom tempo até que aparece um menino e a pergunta:

- Porque esta chorando Prudence?

- Quem é você? Do que isso te interessa?

-De nada, mas não posso ver alguém chorar e ficar parado.

-Não enche meu saco

-Vamos o que custa me contar o que houve?

-Ah ta bom, foi um menino...Ele me traiu...Eu dei para ele todos o meu amor e ele o colocou em um saco de lixo e jogou fora.

-Porque ele te traiu?

-Sei lá, deve ter sido uma vadia qualquer que era mais bonita do que eu e...

-SHHHHHHHHH! A bibliotecária pede silêncio.

-e...E todos os caras são iguais, um bando de tarados que só pensam na hora que vão ficar doidões e vão conseguir alguma piranha para transar com eles.

O menino da uma risada

-Porque você ta rindo?

-É o que você realmente acha Prudence?

-Como você sabe meu nome?

-Todos os dias eu estou aqui nessa biblioteca, lendo alguns livros e sempre te vejo aqui, te vejo com aquele idiota que te fez isso

- E porque você nunca veio falar comigo?

- Você nunca olhou ao redor, eu sempre estive aqui perto de você, mas também o que eu falaria com você? Não conheço você, sou apenas o menino que fica trancado na biblioteca. Observando as pessoas andando pela janela. Mas eu sei de uma coisa aquele cara não te merece...

-Pelo visto você me conhece!

-Não tanto quanto gostaria...Mas sei um pouco...

-Agora fiquei animada, me fala o que você sabe de mim?

- Ah, sei que seu livro favorito é Lições de Amor, sei que sua cor favorita é amarelo, sei que seu perfume é de Bourbon, sei que quando você vira sua cabeça de lado para pensar, você faz um biquinho e isso faz uma covinha no seu rosto...

-Vamos conte-me mais!

-Sei que você não se valoriza tanto quanto devia, sei que você ama David Bowie, sei que você tem o sorriso mais bonito do mundo, sei também que sua risada não é tãooooo normal, mas isso é um charme seu, sei que você não sabe escolher as pessoas certas, sei que você tem vontade de viajar e conhecer o mundo, Cairo, Argentina, Japão, Iraque, e...

- SHHHHHHHHHHHH!Mais uma vez e terei que pedir para se retirarem disse a bibliotecária.

Os dois riem.

-Sei isso e um bando de coisas.

A menina supresa com as afirmações do menino pergunta:

- E como eu nunca te vi antes?

-Bem...Deve ser porque você nunca tenha dado atenção ao que está na sua frente.

A menina então da um sorriso e pergunta:

-Qual o seu nome?

-Bem meu nome é John

-Que bom que agora eu encontrei você, John

Prudence levanta e pega no braço de John e diz:

- Vem comigo tenho que te mostrar uma coisa.

Então ela o puxa para fora da biblioteca e mostra que o mundo pode ser melhor do que imaginamos.



sábado, 4 de junho de 2011

Arabutã

 Amigos, apareço aqui nesse seu dia de sábado para apresentar-lhes o começo de um conto, um conto que vinha a se desenvolver no existência, porém vou continua-lo aqui.
 

________________________________________________
Arabutã

Quando a tarde chegava para alimentar a saudade de dias sem ver a pessoa que o fazia feliz ele chorava. Chorava para vê-la, chorava quando não podia toca-la e se emocionava quando chegava essa hora. Toda terça era o dia dele visitar sua querida irmã. A única pessoa que dava seu devido valor era ela, sem pai, sem mãe, abandonados no mundo. Ele era adotado, ela ainda estava na adoção. Pedia para seus pais, toda semana, para leva-lo ao encontro dela. Explicava ao seus pais, com a esperança que eles poderiam adota-la também. Mas não faziam, e ele não sabia o motivo.
E exatamente na 46ª terça em que ele foi visita-la teve a surpresa mais desagradável do mundo. Ela não estava lá, foi adotada. Entrou em desespero, deprimiu-se, rebelou-se, falou com seus pais e eles nada puderam fazer, apenas descobriram que ela fora morar com alguém em um lugar bem longe dali, daquela cidade, aquela cidade aonde ele não queria mais estar. Queria fugir, ir atrás da irmã, o nome da cidade estava em sua cabeça, o nome estava lá. Sem saber exatamente aonde estava e nem para aonde ir, numa noite quente, resolveu fugir para encontrar sua irmã. Tudo que sabia era aonde estava e para aonde precisava ir, mas não sabia como, e nem aonde era aquele lugar, que pelo nome, parecia uma cidade do interior de algum lugar, aonde as pessoas pareciam viver na paz.
A primeira coisa que fez foi sair de casa, com uma mochila que tinha um pouco de roupa, que ele considerava necessário, um bolinho de dinheiro, que tinha juntado com a mesada, pacotes de biscoito, um livro e outros aparatos pessoais.
Era um garoto de 15 anos atrás da irmã de 9 anos. Aonde ele poderia chegar? Até o fim.
O destino era a cidade de Arabutã.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Quem Possa Interessar

A Quem Possa Interessar

A quem possa interessar
Estou escrevendo esta poesia
Diretamente à caneta
Então perdoem meus erros.

Não sei como devo mais
Me sentir em relação a você,
Acho que já chorei tudo que tinha
E ainda sim estou cheio.

Cheio do que não sei explicar
Ódio, amor, compaixão ou fúria,
Não consigo, e nem quero, definir,
Afinal o que se sente não se explica.

Fazendo um balanço, não foi
Tão difícil escrever de uma vez
Assim, sem eira nem beira, largado,
Difícil é viver a vida toda fragmentado



ps: eu realmente escrevi essa poesia de caneta(vermelha) soltando várias idéias, quem duvidar eu mosto o manuscrito

ps2: hoje é o show do Pouca Vogal !!!!! devo tirar algumas fotos e postar no face depois

ps3: editei a poesia agora deixando-a em vermelho porque a original eu escrevi de caneta vermelha, só pra dar um simbolismo maior

quarta-feira, 1 de junho de 2011

De fato, sem saco

Opa, quarta-feira, tenho que postar alguma coisa se não a galere fica triste.

Bem, começo da semana eu tava com umas idéias pra uma letra de música, mas não consegui botar ela no papel ainda, só alguns versos sem nexo espalhados. Então catei um texto antigo aqui pra postar e resolvi botar uma música junto, primeiro porque saiu o cd novo do Black Stone Cherry e também pra aproveitar e mostrar pra vocês como colocar uma trilha sonora para seus textos sem ter que botar vídeos do youtube.

Aproveitem = )

.............................................................................................

Uma Rosa em seu Caminho

Diante de um sol já enfraquecido, a noite ergue-se soberana impondo sua majestosa lua. E lá estava, deitado em seu leito, impossibilitado pelo tempo que agora apenas se mostra timidamente como pequenas lembranças. A rosa em seu peito é símbolo do amor que nunca teve, embanhada com o arrependimento e a tristeza de uma vida em vão. No entanto, continuava preso a esse lugar, sem encontrar saída de um ou entrada de outro.

Desejava poder gritar, um grito desesperado de se libertar de sua prisão espiritual, tentando a todo o tempo dizer todas as coisas que deveria ter dito, embora um susurro sequer pudesse ser ouvido. As palavras foram estorquidas de sua boca, agora dura e gélida, de beijos perdidos. Procurava no fundo de seus pensamentos uma razão para descansar, para dormir seu sono eterno, mas sua mente adormecera no passado. Não cobiçava uma chance de voltar, apenas uma razão, uma certeza no meio de tantas incertezas. Gostaria de sentir que se encontrava no fim de um caminho único e irreversível, que não havia outros rumos a tomar e que esse era seu destino.

Não estava sozinho. Podia sentir milhares de outros, milhares de pensamentos perdidos no ar, ecoando ao seu redor. Milhares de vozes soltas, embora todos permanecessem calados. Não era necessário dizer o que todos sabiam dentro de sí. Suas histórias eram as mesmas, o passado, sempre o mesmo.

A lua já começava a se dissipar no céu azul, enquanto alguns feixes de luz atravessavam a densa neblina da manhã. Aquele leve calor o confortava e então podia sentir a vida à sua volta. Sentia-se vivo novamente e então, inconcientemente, aquele sentimento o fez seguir seu caminho, sem olhar para traz. Talvez tenha encontrado a razão que com tanto vigor buscava.

E enquanto o sol continuar a nascer todas as manhãs, uma rosa permanecerá viva em seu peito.

.........................................................................................................



É bem simples, vá no site go ear (é só pesquisar no google), procura a música que você quer botar. Quando achar, no lado direito da tela tem uma parte que tá escrito "ponha essa canção na sua página" em espanhol. Ai é só copiar o código e colar!

Obs: essa música não é do cd novo, mas é foda de qualquer jeito xD