Um pequeno conto poético que escrevi no existência
Um menino, um menino normal, andava saltitando pelo corredor. Uma menina, uma menina bonita, parava de saltitar.
- Aonde você aprendeu isso? - Perguntara a menininha linda.
Ficou quieto, o frio chegou a sua barriga. "Deu um branco no meu estômago, ela falou comigo!". Nenhuma palavra foi pronunciada.
- Vamos brincar que estamos num trem!?- Ela deu a ideia.
- Que tal continuarmos a andar assim, juntos?
Ela respondeu que sim com gestos e enquanto andavam, pulavam, saltitando, como qualquer criança faz. Desceram uma rampa, encontraram a saída e seguiram em frente. Quando o menino, menino bonito, olhou para trás, a menina, menina normal, havia sumido.
O menino já um pouco crescido encontrou outra menina, menina essa que pegou seu coração.
- Mas... de quem mesmo você gosta? - Ela perguntara.
- Já falei, de você.
- Impossível, é brincadeira!
Com seu coração na mão, rejeitou-o e o jogou no chão. Ele tentou ignorar, fez os anos passarem, até encontrar, outra menina, menina essa desenvolvida, mas a atração era puro visual, nem mesmo a conhecia. Depois que dançou com ela num baile, simulou um tiro no coração, mas quem o ajudou foi outra menina, por quem se apaixonou.
- Você mentiu pra mim! - Ela retrucou.
- Não menti, só tive medo.
- Acho melhor esquecermos isso.
O menino, menino chateado, menino normal, esqueceu essa menina. Depois de esquecê-la, jurou junto a Deus não amar mais ninguém, para não se machucar mais.
Mais veio uma menina, menina triste, que se apegou ao menino e o menino no apego esqueceu-se de seguir o texto, e a menina se foi, porém voltou, descobrindo os dois que o sentimento não acabou.
- Não sei mais de nada. - Disse ela.
- E o que eu posso fazer?
- Me dê um abraço!
Menino que um dia foi criança, foi menino e que agora encara seu próprio adulto. Menino de várias faces, de várias dúvidas, de vários aprendizados e ideologias, menino que se espelha em busca do real, menino que acredita na mentira alheia, mas depois aprende de forma normal. Menino que sabia como cantar, mas não sabia assobiar, menino que tinha medo de ser, quando descobriu que era. Menino que acha que o amor é como um computador. Menino pra sempre, meu caro menino, você vai encarar nessa vida um outro menino achando que não é menino. Sua simplicidade menino é sempre saber que para sempre será menino.
E ele, menino encontrado, voltou a saltitar sem a conclusão do termo amar.
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