segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Capitão de Indústria

Ultimamente tenho ouvido muito Marcos Valle e tenho percebido que suas músicas são muito lindas, poéticas e infelizmente desconhecidas, então sinto-me no dever de expor aqui esse artista genial que está vivo até hoje e faz música de qualidade como poucos.
A música que vou postar se chama Capitão de Indústria e é uma composição dele junto com seu irmão Paulo Sérgio Valle (outro genio da MPB). Ela tem uma letra incrivelmente crítica e poética. Pesquisando um pouco sobre a música descobri que não existe nenhuma versão do próprio Marcos Valle cantando ela (pelo menos não consegui achar no Youtube)porém existe uma versão do cantor Djalma Dias e outra com a letra mais condensada dos Paralamas do Sucesso, postarei as duas e as duas versões da letra.

Capitão de Indústria
Djalma Dias

Eu
Às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais

Eu
Às vezes penso em fugir
E quero até desistir
Deixando tudo pra trás

É
É que eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

Eu
Não sei da vida, da estrada, do amor e das coisas
Livres, coloridas
Nada poluídas

Qual
Acordo pra trabalhar
Eu durmo pra trabalhar
Eu corro pra trabalhar

Mal
Não tenho tempo de ter
Um tempo livre de ter
Ou nada ter que fazer

Eu
Não vejo além da fumaça que passa
E polui o ar
Eu nada sei

Eu
Só sei que tenho esse nome honroso, pomposo
Capitão de indústria
Capitão de indústria

Qual
Acordo pra trabalhar
Eu durmo pra trabalhar
Eu corro pra trabalhar

Mal
Não tenho tempo de ter
Um tempo livre de ter
Ou nada ter que fazer

Eu
Não vejo além da fumaça que passa
E polui o ar
Eu nada sei

Eu
Só sei que tenho esse nome honroso, pomposo
Capitão de indústria
Capitão de indústria



Agora a versão dos Paralamas


Capitão De Indústria
Os Paralamas do Sucesso

Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar

Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
Eu não vejo além da fumaça
Que passa e polui o lar
Eu nada sei
Eu nao vejo além disso tudo
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas

Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar



Existe também uma versão com o Jairzinho cantando que foi feita para o Som Brasil Marcos Valle mas não a postarei.

Espero que todos gostem e que procurem ouvir mais de Marcos Valle como por exemplo : Preciso Aprender a Ser Só, Mustang Cor de Sangue, Com Mais de 30, etc...

Um comentário:

  1. Interressante como ele criou de um jeito tão simples um poema que relata um poema que sempre lembramos quando analisamos as aulas de história na época da revolução industrial... gostei muito, principalmente da maneira de escrever do Marcos...

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