terça-feira, 31 de maio de 2011

Primeia prosa

Hoje postarei algo 'antigo', é do mês de Junho de 2010, fará um ano em alguns poucos dias... Foi a minha primeira prosa escrita realmente. Após começar a escrever poemas, foi com esse texto que dei início ao mundo da prosa. Espero que gostem!!
ps: nunca consegui um título para o texto.
ps 2: a história foi influenciada pelo filme "Reine sobre mim", com o Adam Sandler.

Abraços

'Sem título' (Ricardo José)

Já era de noite quando a chuva descarregou impiedosamente sobre ele. O vento soprava de forma ímpar, como se caçoasse de sua situação. As estrelas se escondiam de vergonha, a lua, por mais altiva que tentasse ser, chorava por trás das nuvens, dos prédios de concreto.

Apesar da chuva diluviana fora de época, aquele parecia um dia normal para grande parte da população, uma noite agradável para dormir, refletir e sentir. É triste pensar como somos ínfimos, insignificantes diante de nosso próprio destino, diante do rumo de nossas vidas. Chega a ser tragicamente hilário como a vida muda de rumo a cada palavra, olhar, gesto, suspiro. Parece terrivelmente solitário dizer que ninguém se interessa por nossas vidas. Da mesma forma que você curtia a sua no fatídico dia, eu observava o lamentar dos céus, questionando-me o porquê do sofrimento ...

Para quem andava na rua, ele parecia um homem normal, normal até demais, sem grande aparência, feitos ou anseios. Sua vida era resumida em seus olhos, podia-se ver o quão brilhantes eram enquanto olhavam para o amor de sua vida. Clichê, você me diria, sim, mas sua vida era normal, como num filme, onde já sabemos o final desde a primeira parte.

Ele a amava, do fundo do seu peito, com todas as veias, como uma mancha que se recusa a ser limpa. Poder-se-ia dizer, que sua vida girava sobre aquele amor. Porém, ele estava demasiado perto, o suficiente para não perceber sua inverossimilhança.

Quando saiu de casa neste dia, sentiu que algo aconteceria, porém, embevecido pelo mais simples veneno dos homens, julgou que algo grande aconteceria. Não reparou nos sinais a sua volta, infelizmente nunca o reparamos, não ligou para o esbravejar da tempestade, não ouviu sequer os seus medos mais profundos.

Após o seu cansativo dia, o que já era de praxe, ele saiu, esperando renovar o espírito ao lado dela. Comprou flores, quis surpreendê-la. Era uma noite comum, apenas mais uma página em um relacionamento, mas seu coração era como um turbilhão de desejos e realizações, de vontades, libertações. Ele era como todos nós, loucos e sábios, amando o impossível, desejando o inexistente, olhando o invisível, sentindo o incompreensível.

Ele tocou sua campainha, nem ao menos entrou. Ela fez o que devia, falou o que queria, não omitiu nada. Ainda o amava, mas não sabia se daria certo, eles mal se conheciam, haveria o quê, um mês? Três talvez, e ele já se tornara parte de sua vida, dejeto de seu tédio, excesso de indecisão. Ela não queria mais se aproximar dele, tinha medo de se machucar, de sofrer.

Ele ouviu tudo, calado, suas mãos ensanguentadas, segurando vivamente as flores. As palavras destroçaram seu coração, foram como um rasgo em seu peito, doía mais do que o suportável, o permitido. Ele virou e foi embora.

A chuva havia começado, dissolvendo seu orgulho, invadindo-lhe o peito, ameaçando, julgando, comentando, vulgarizando sua dor. Não importava mais, ele queria apenas se ver livre daquele peso, tirá-lo de dentro do coração, arrancá-lo de dentro de si, expulsar o sofrimento.

Andou o quanto pode, sem falar, sem chorar. A chuva derretia sua sanidade, o vento lhe afastava da realidade. Ele se cansou. Resolveu parar. Ajoelhou-se na rua, pôs as mãos sobre os pensamentos. Gritou, esbravejou como nunca antes, como se só houvesse aquilo dentro dele, e só havia, não era ódio, era o último resquício de seu amor, de sua humanidade, de sua vontade. Seus olhos gritavam junto, já estava morto quando a luz acertou seu rosto e o pôs contra o chão.

Seu celular vibrava em meio à poça de sangue, uma nova mensagem de voz, trêmula, sofrida, que pedia perdão, pedia a sua volta, que queria viver ao lado de um amor único.

Ele não era normal, ninguém que ama o é, nenhum de nós está livre dessa dor, vivemos todos os dias por ela.

Essa história pode não ter acontecido, mas é verdadeira em diferentes níveis, seja você quem for, qual que seja o seu amor.

Nosso futuro é reescrito a cada momento, a cada ação, sentimento. Só resta a nós decidir, se nos entregaremos ou continuaremos a cada empecilho que passarmos. Ouçamos o coração, pois ele é o único que age por vontade própria, sem ouvir mais ninguém.

domingo, 29 de maio de 2011

Homenagem a minha irmã

Já que uma boa parte da galera ainda não chegou no capítulo 4 da minha história, essa semana postarei algo diferente, alguns desenhos da minha irmã, algumas das paixões delas, espero que gostem, e leiam minha história seus cães sarnentos!




As pessoas do campo

Este é mais um trecho que escrevi quando mais nova. A pessoa que descreve o texto é uma personagem minha , a Isobel.
Perdão aos erros de português eu não tomei a liberdade de corrigir :,D


As pessoas no campo brilham.

Algumas pessoas gritam umas com as outras , mas logo
depois riem. As crianças correm ,caem ,brigam e continuam seu dia rindo. Bebês choram no colo das mães , mas logo depois de receber devida atenção soltam rizos de satisfação. As anciãs reclamam da vida que levam ,sendo que recebem ajuda diariamente dos mais jovens e melhor condicionados. Por um breve momento elas soltam um rizo de profunda alegria e agradecimento. Idosos ,adultos ,mães ,crianças e recém-nascidos . Todos eles seguem suas vidas rindo ora ou outra no caminho que percorro todos os dias.

Pela manhã passo por esse campo no
caminho para casa de meus amigos , dois irmãos ,diferentes no olhar mas tão iguais e únicos por dentro como todas as pessoas da campina. Eu avisto sua pequena casa ao longe. Do lado de fora embaixo do sol os vejo, um do lado do outro. Eles brigam o tempo todo , mas ao mesmo tempo que brigam eles sorriem. Eles brilham tanto como o sol .As pessoas do campo da minha vida brilham o suficiente para que eu sobreviva a todos os dias que passam . E cada dia é melhor que o outro pois eles me fazem brilhar sem que eu perceba.

Ao chegar o fim do dia digo até logo aos meus amigos com um sorriso largo no rosto e brilhamos. Caminho em direção ao campo que atravessarei até minha casa e até o ponto em que não verei mas seu lar brilharei. Quando não os enxergar
mais eu pararei de brilhar. Para que ao chegar em casa o brilho permaneça em minhas lembranças até o dia seguinte. E ao me levantar e percorrer o campo novamente brilharei mais e mais ao lado deles.

E serei como as pessoas do campo. Que brilham como se não precisassem de um sol.


Aqui algumas imagens:









sábado, 28 de maio de 2011

Sábado a noite tudo pode rolar! (1)

Essa semana vou lançar uma coluna mensal e vai ser todo o último sábado do mês, se não houver excessões, vai se tratar sobre música, sobre artistas escondidos ou os que me agradam. 

Ficar em casa, sem fazer nada, jogando um playstation e ouvindo as músicas do Pro Evolution Soccer 2011, ou melhor PES, então lhes apresento a música que descobri por meio desse jogo, com um clipe muito legal, apresento-lhes:


A música é muito legal e o clipe muito animado! Vai a letra:

Cousins - Vampire Weekend

You found a sweater on the ocean floor
They're gonna find it if you didnt close the door.
You and this model sit outside the side-
In a house on a street they wouldnt park on the night.

Dad was a risk taker.
His was a shoe maker.
You greatest hits 2006,
Little listmaker.
Caught in the melody,
You wait in the car.
You were born with ten fingers
And you're gonna use them all.

Interest in girls as I discovered myself
If your odd-life was greater
You'll be toastin' my health
If an interest in coats,
You should be lining the walls.
When your birth right is interest
You could just screw it all.

Me and my cousins
and you and your cousins
Its a line that is always running.
Me and my cousins,
You and your cousins,
I can feel it coming

You can turn your back on the biddlewood (4x)

Me and my cousins and you and your cousins
its a line thats always running
me and my cousins and you and your cousins
I can feel it coming
Me and my cousins and you and your cousins
its a line thats always running
me and my cousins and you and your cousins
I can feel it coming

Gostaram? É raro descobrir uma música que me contagia tanto, principalmente com o clipe tão dinâmico, a última vez que descobri uma música que me deixou tão assim foi Jesus of suburbia do green day que eu já tinha ouvido a muito tempo, mas foi ano passado, por causa do show que realmente conheci.

Vampire weekend foi formada em 2006 e tem apenas dois albuns na sua discografia, mas já alcançou muito destaque.:
-"Cape Cod Kwassa Kwassa" entrou para a lista dos 100 melhores do ano para a Rolling Stones em 2007, ficando 67º
-No mesmo ano foram a eleitos a melhor nova banda do ano pela Spin.
Entre outras consagrações.
Com estilos variados, com algumas músicas calmas e algumas músicas agitadas e outras agitadas e calmas, lembra muito Strokes misturado com Franz, seu estilo não é certo, variando muito.
Seus clipes sempre muito animadinhos e "diferentes" chegam, algumas vezes, a serem melhores que as músicas.


Dois albuns, Vampire Weekend de 2008 e Contra de Janeiro de 2011.
Veja aqui!



E o que vocês fazem é ouvir ^^
Obrigado pelo tempo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Máscaras

Então lindões, hoje é sexta e todo mundo vai tomar um bom whiskey porque todo mundo é fã fã fã de tudo isso aqui, enfim , deixando as paródias homossexuais de lado vou postar um poema novinho em folha (é nessa hora que todo mundo me xinga por eu só postar isso, mas olha a minha cara de preocupado...) então "vamo lá tchurmaaa!" aproveitar essa "puta vibe gostosa"

Máscaras

Morrer de dor
Não é mais pra mim.
Hoje sou feliz,
O problema é que minto muito.

Ainda sofro
Pela saudade que sinto
Dos teus olhos, do tocar
Dos teus lábios nos meus.

Devo Implorar
Sua volta, em vão ?
Ou esquecer o que
Nem ao menos começou ?

Me diga querida,
Pois estou quebrando e
Mentir, mesmo que
Para me proteger
Não vale a pena.







Ahh, galera, lembrei, eu queria convidar todo mundo pra ir comigo no show do Pouca Vogal dia 03 no Circo Voador, vai ser muito bom o show e o judeu mais lindo de toda Galiléia vai comigo, vlwss.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Antes tarde do que nunca!

Bem ... estive sem postar nada por umas duas semanas (na primeira por culpa de certas complicações tecnicas no sistema do Blogger) e na segunda porque eu esqueci mesmo (AAAAWWW YEEEAAAAAH)
enfim aqui estou eu mais uma vez denovo novamente postando uma de minhas tediosas poesias/ musicas , enfim sem mais enrolação :

Morrendo por dentro

como um navio sem rota
uma bussola sem norte
no vazio me perco e encontro

porque é tão escuro?
em que ponto o fogo apagou?
a brasa já nao queima
só as cinzas jogadas ao chão

os pontos luminosos
já nao alimentam mais
nem uma semente de esperança
nem dou mais ao trabalho de olhar

os gritos abafados ja se cansaram
e cessaram ,simplesmente
desistiram de gritar por ajuda
daqui dá para ver o quão fundo é o poço

o sol é uma vaga lebrança
o frio é mais denso e pesado
quando parte de dentro

quando o proximo dia nasce?
ja se passaram anos des do ultimo amanhecer
o breu aterroriza e massacra
o velho e esmaecido fantasma

um novo amanhecer há de vir...
antes que nada mais reste...
antes que nada mais...

obs: nao... nao estou em depressão , mas aceito um abraço caso a bondosa leitora seja mulher e bonita ... lembrando tambem que estou solteiro!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um simples ato de compaixão

Boa noite galera,

Primeiro queria pedir desculpas por não postar na semana passada, fiquei sem tempo e estava meio sem idéias. Mas hoje eu to de volta! Resolvi tocar num assunto POLÊMICO! (mas não são mamilos xD)

Espero que gere uma boa discussão.

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O mais perto de um herói


Outro dia, sentado no sofá, mudando de canal, acabei vendo um trecho de um filme que me interessei, e acabei vendo-o por completo. Meio antigo, mesmo que totalmente novo pra mim, mas bem legal, história envolvente, daqueles que mexe com você sabe? Que faz você pensar.

Bem, o filme se tratava de um negro dos EUA, morando em uma região pobre, ex-presidiário, desempregado, tentando acertar as coisas. Ele conhece um menino, que vivenciou um assassinato de um garoto de sua região, o qual ele poderia ter feito algo para impedir, mas por não ter feito, estava perturbado e com medo. O garoto que havia cometido o assassinato o tinha feito prometer que não deduraria o acontecido, caso contrário também seria morto.

O garoto, morava com pais adotivos que não davam a minima pra ele, nem davam por sua falta. Então o garoto após conhecer o homem, passa a viver sempre com ele, durmindo em sua casa. Mesmo desempregado, o homem faz de tudo para ajudar a comunidade, principalmente o garoto, para que não cometa os mesmos erros que ele.

Bem, não posso contar o filme todo, mas o resumo é que o homem arranja uma família melhor para o garoto, que após ter enfrentado seu medo e os marginais da área, se muda com essa nova família para uma outra cidade para recomeçar. O homem conseguiu o emprego, ajudou o garoto, livrou a vizinhança de outros marginais, e além disso fez tudo para ajudar um amigo já de muita idade que estava com câncer e morreria em poucos dias, fazendo-o ter a melhor noite de sua vida.

Eu fiquei pensando nisso, que até mesmo esse velho amigo falou pra ele: "Você é a pessoa mais perto de um herói que eu ja conheci..." e realmente, um cara que não tem emprego, nem consegue arranjar um, vive sozinho, assombrado pelos crimes do passado, tentando reverter a situação e ainda consegue forças para ajudar os outros a sua volta, isso é um herói.

Outro dia quando eu estava voltando para casa, passei por diversas pessoas, andando pra lá e pra cá, e nenhuma delas não dá a mínima para quem passa ao seu lado, ninguém liga. Estão sozinhas, com raiva, estressadas. Então eu pensei: O que aconteceria se eu falasse com essas pessoas que passam por mim? Mesmo que um simples "Bom dia!" ou "Como vai?", isso não seria ótimo? Isso não tornaria o dia delas mto melhor? Bem, se uma pessoa me desse bom dia, sem que eu a conhecesse, ou mto menos tivesse visto alguma vez, eu me sentiria mto bem, mto bem mesmo! Afinal, não somos todos iguais, vivendo na mesma rua, mesma cidade, passando sempre pelos mesmos lugares, vendo as mesmas pessoas em meio ao cotidiano apressado das cidades. Todos temos algo de bom para compartilharmos uns com os outros.

Talvez eu esteja sonhando, talvez eu deva encarar a realidade e agir de acordo com ela. Talvez tudo isso seja muito utópico e isso nunca venha a acontecer, mas eu não consigo, simplesmente não consigo me conformar. Gostaria de mudar isso, essa aceitação, ninguém deveria aceitar ser excluído, humilhado, pisoteado, ignorado. Todos nascem iguais e tem o direito de aproveitar o que esse mundo e as pessoas tem para oferecer.

Imagine se as pessoas passassem a enchergar o mundo desse jeito, todo dia, para fazer o sorriso de alguém. É justamente disso que o mundo precisa. Que pensem juntos para que todos possam encontrar um motivo, mínimo e singelo, para sorrir.
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obs. Não lembro o nome do filme, mas é com o negão do matrix. Vo ver se eu acho depois, é muito bom, vale a pena.

Abraços, reflitam, e uma boa noite à todos!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Palavras por ai

Galera, desculpem o horário que eu posto, tenho que passar a postar de tarde, haha. Mas só costumo me lembrar de noite ... Escrevi este poema ontem justamente para postá-lo hoje.

Palavras sem eco (Ricardo José)

Não, não...
Não foi a vida que mudou
Nesse meio tempo,
Foi apenas o tempo que passou,
Foi apenas o céu que fechou
E escureceu o nosso azul e acabou
Por manchar o nosso horizonte...

São apenas as marcas do Outono
Que refletem o amarelo do passado
No nosso gramado inerte.
São apenas as lágrimas que escorrem
Pela nossa janela. Já é tarde
E o sol não vai secá-las hoje.

São vogais ecoadas no nosso silêncio;
Surpresa de companhia, de afeto
Que o amor esqueceu em meio a TV ligada,
Aos jantares de microondas,
Às noites no sofá, às despedidas
Secas, sem beijo, sem saudade.

Sim, sim...
Minhas palavras sem eco tentavam
Limpar o céu, nascer as flores,
Secar nossas lágrimas. Mas, então,
Percebe-se que o mar passa a eternidade
Puxando para si o mundo, mas tudo que veem
No seu movimento é o afastamento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Maio - She's a Genius

Maio tá chegando ao fim e a música que eu escolhi pra esse mês é uma do Jet, to ouvindo ela bastante e to tocando a introdução dela toda hora (ou pelo menos estava, já que agora to sem violão), eu não sei sobre o que a música fala mas foda-se porque o mais foda é a intro mesmo.

Eu conheci essa música vendo o comercial de um carro boladão da Citroen mas fui saber que era do Jet só depois de algum tempo quando fui pesquisar mais sobre a banda, enfim, She's a Genius whoa oh oh oh oh oh



Frase da Pesada:

"If what you know is who you are
Then she's everything"

domingo, 22 de maio de 2011

Em busca da luz(A história de Pedro Ike)

Capítulo 4 – Segunda chance



Acordo estou correndo no meio das ruas desertas e caóticas, quando vejo ao fundo um corpo se rastejando no chão cheio de sangue, quando me aproximo à pessoa levanta a cabeça e diz:

-Pedro?!Meus olhos não crêem no que vêem é...

-Jade???

O seu corpo começa a se contorcer e sangue começa a sair dos olhos, das orelhas e sua boca esta cheia de sangue. Seguro a em meu colo, porém lá esta seu corpo sem vida envolta de meus braços.Olho ao redor e me vejo cercado por um grupo enorme deles, olho para o céu e eles avançam em cima de mim e...

Levanto-me e minha irmã esta do meu lado me puxando pela camisa com seu bichinho de pelúcia em seu braço, estou suado, meu coração bate muito rápido.

-Outro sonho maninho?

-Sim

-Qual foi o sonho?

-Mais do mesmo... e você já acabou as lições?

-Já, e Pedro acho que ta na hora de você fazer essa barba, você ta parecendo o papai nas fotos.

-Se você quer tanto eu dou um jeito de fazer

Então Holly foi para a sala e eu me levantei e comi algo, olhei pela janela e mais do mesmo, e fui para o banheiro fazer a barba, então depois verifiquei se conseguia ouvir algo no rádio e mais do mesmo, nada. Sentei-me ao lado da minha irmã e peguei as folhas que ele me entregara, corrigi os deveres e todos estavam certo.

-Parabéns!Por ter gabaritado o dever você ganha um beijo!

-Eca!!!Bobo!

-Bem agora é hora do treino prático

Dou-lhe a arma e falo hoje você tem que atirar no olho do apresentador do telejornal que esta no outdoor, mas só tem uma bala para tentar hein. Ela pega a arma e se concentro fecha um dos olhos e BANG, logo temos mais um outdoor caolho nesse mês.Ela me entrega a arma .

-Holly, eu tenho que falar uma coisa séria com você, senta aqui. Eu aponto para a cadeira da sala e ela logo senta.

-Bem como você sabe, temos bastante água e isso é algo bom, mas o problema é que a munição esta acabando, tentei te ensinar a atirar com o que aprendi no meu um ano de exercito. Mas não podemos gastar mais balas e a comida também está acabando, acho que temos que sair daqui, procurar outro lugar, um lugar mais seguro, procurar ajuda do governo, é impossível não existir um lugar para combater essa ameaça, já faz dois meses... e também tem alguém que eu preciso ver.

-Está cada vez mais difícil de voltar com segurança levando você de um lugar para o outro, mesmo com menos loucos nas ruas, mas mesmo assim a partir de agora eu vou procurar um lugar mais seguro, e comida e munição sozinho, por isso vou te deixar com essa arma aqui caso você tenha que se proteger. Coloco a arma emcima da mesa.

Vou para o quarto e me visto e pego uma das cartas que Jade me enviou e a abro.

Querido Pedro,

Sei que você tem passado por dias difíceis, porém quero que saiba que sempre estarei aqui sempre que você precisar, aceite esse cordão como símbolo da nossa amizade, sei que é um tanto quanto estranho, mas sei que você vai gostar, que ele te traga força e te proteja para que você possa cuidar da pequena Holly, tão bem quanto sua mãe te criou, de alguém que te ama e te estima , sua amiga Jade.

Coloquei a mão de volta no envelope e notei que havia um cordão no formato de um sol, um sol negro com um ponto de luz no meio, devia ser uma pedra amarela no meio de outra pedra preta, coloquei o cordão em volta do meu pescoço.Vejo um livro chamado ‘’O perdão do senhor Morte’’ e entrego para minha irmã:

-Ele vai te manter ocupado durante saio em busca de mais munição e comida .

Então eu me despeço e parto, após algumas horas encontro em um bairro mais longe uma delegacia de policia, e vou calmamente adentrando o local, até que encontro uma sala de segurança com algumas mantimentos e um kit de primeiro socorros, pego ambos e olho através da tela que há um corpo deitado na cela, penso que esta morto, então vejo que ele meche a perna, então pego a chave no mural relacionada à cela quando olho e vejo um corpo passando diante da porta e noto que um dos histéricos, então sem fazer barulho, vou para a cela.

-Psiu, você ai!O homem na cela procura olhando de um lado pro outro

Um homem sai das sombras, e se aproxima da cela

-Qual o seu nome?

-Oscar e o seu?

-Pedro, porque você está nessa cela?

-Homicídio culposo, por favor, me tire daqui, todos nos merecemos uma segunda chance.

-E como você sobreviveu após dois meses do que ocorreu?

-Bem, eu bebi a água da chuva e fiz o que era preciso fazer.Oscar olhou para o corpo desmembrado ao seu lado.

-Pelo visto esse seu amigo não teve uma segunda chance...mas hoje você terá a sua.

Eu abri a cela e ao mesmo tempo sou jogado ao chão pelo histéricos de antes, minha arma cai da minha irmão e quando estou prestes a levar um soco BANG, o corpo do histérico cai no chão.

-Todos merecem uma segunda chance.

-Estamos quites agora. O homem me ajuda a levantar, me entrega a arma e então saímos da delegacia de policia.

-O que você vai fazer agora Oscar?

-Vou juntar minha família

-Boa sorte!

-Digo o mesmo. Então os dois partem em direções opostas agora, Pedro sobe uma ladeira chegando a frente a um prédio e escala rapidamente até entrar pela primeira janela aberta, então sobe até o 4ºandar e para no apartamento 404 bate na porta porém ninguém atende. Como se já conhecesse o lugar antes, abre a porta do lado que da em direção a cozinha e diz:

-Jade?Sou eu o Pedro, estou aqui para te levar para um lugar seguro!

Começo a vasculhar a casa e não encontro ninguém, quando eu entro em seu quarto e...

Sento em sua cama, descanso por um segundo e pego um porta retrato com uma foto nossa juntos e vou para a cozinha e pego algo que possa ser levado como comida e vou para a porta, desço novamente as escadas e saio por onde entrei no prédio.Após algumas horas, já estava anoitecendo, eu chego a meu prédio e bato na porta e minha irmã destranca a porta e me abraça

-Querida cheguei!

-Isso não é mamãe...

Preparo o jantar e vou para o meu quarto ler as outras cartas que tinha recebido. Contas, mais contas, cartas da família, e mais uma carta da Jade?Abro-a e a leio.

Querido Pedro

Estou saindo da cidade por umas semanas, estou indo para a casa da família, em Base, é eu sei é no campo, e você sabe que eu gosto de respirar o ar puro da floresta de vez em quando NE, coloquei aqui uma mapa de como chegar aqui e espero que você e a Holly venham para cá, estarei esperando por vocês, beijos Jade.

Minha expressão muda, lágrimas caem do meu olho, minha irmã entra no quarto e pergunta:

-Pedro, porque você ta chorando?

-Amanhã de manhã vamos para um lugar melhor, onde podemos comer e beber e você ainda terá uma irmãzinha, vamos para a casa da Jade.

-IUPIIIII! Será que lá tem cavalos?

-Ouvi dizer que até tem um pônei para você.

-Legal, mas maninho, eu estava lendo o livro que você falou para eu ler só que eu não entendo, porque apesar de todos os caras maus terem feito tanta coisa ruim o senhor morte sempre deixa eles viverem?

-É porque todos merecem uma segunda chance...



Continua...

sábado, 21 de maio de 2011

Pensamento Andarilho - E o que acontece com o futuro?

Das muitas viagens que fiz a maioria delas foi com meu pai, e sempre que ficávamos longas horas na estrada ele me contava histórias de seu passado, como era a vida dele, me dava conselhos e sempre havia suas devidas observações sobre o que ele fez tal ano. Ele nunca deixou de me contar nada, creio eu, porque até as mais sórdidas histórias não passavam batido, só se, por ventura, uma delas seja tão sórdida que nem ele queira mais se lembrar.
Em uma de nossas viagens, meu pai me contou essa história. Não estava nem nascido na época do ocorrido, mas lembrei como se estivesse lá.

Meu pai ainda era novo quando decidiu o que queria fazer de sua vida, influenciado e guiado pelo seu irmão mais velho, queria prestar  vestibular para medicina. Sempre muito empenhado, estudava dias e noites achando que o que fazia era pouco e não bastava. De família pobre tinha que estudar nas bibliotecas públicas, às vezes, como tinha que estudar uma grande quantidade de livros, estudava alguns na biblioteca e o resto levava para casa. Rotina difícil, mas o fez passar no vestibular.
Seu irmão era, já naquela época, oficial do exercito, quando o exercito fazia a política do país. Por isso, meu pai, queria também entrar no exercito imediatamente. Porém medicina era a prioridade e, como seu irmão, iria entrar como médico oficial do exercito após a faculdade.
No alistamento militar, a situação foi, pelo menos para mim, engraçada.
- Eu passei para a faculdade e gostaria de fazer o curso, com poderia proceder?
Um cara gordo que o atendia rebateu com certa ironia.
- Passou para educação física é?
- Não senhor, medicina.
Na mesma hora ele arregalou o olho.
- Oh Doutor! Claro, vamos ver aqui.
Assinou algo no certificado e o entregou para meu pai.
Com isso, conseguiu servir depois da faculdade, como oficial e lá conheceu um homem que virou seu melhor amigo ali.
Um dia de chuva conversavam em suas posições.
- Você vai sair daqui um dia?- Meu pai era questionado.
- Acho que sim, muito repressor trabalhar aqui dentro, parece que eles tem uma certa raiva de mim, implicância, sabe?
- Sim, eles têm isso porque você é formado, não entrou como soldado, se sair daqui pode ter uma brilhante carreira de medico aí fora, eles não.
- Mais todos aqui são poderosos, duvido não conseguirem algo.
- São poderosos enquanto forem do exercito, e enquanto durar esse governo.
- Melhor a gente não falar muito, mas, e você, um dia vai sair daqui?
- Sim, claro! Quero abrir minha própria clínica! Ser médico mesmo! Chega dessa história de exercito, pra mim já deu.
E os dois se recolheram do plantão pela hora.
No mês seguinte meu pai decidiu sair, queria prosseguir com seus sonhos e percebeu que ficando ali nada aconteceria.
- To indo meu amigo.
- Mas já vai? Não sabia que seria tão rápido.
- É, vou ver o que consigo por aí, talvez até abrir uma clínica também.
- Me espera hein! Seremos sócios!
- Vou esperar. Adeus.
- Tchau!
Daí em diante, com o passar dos anos nunca mais se viram e nem se falaram, porém chegou a época do fim da ditadura.
Meu pai estava em um congresso aonde falaria para militares em uma base. Doenças cardiovasculares e outras coisas foram os assuntos que o levou a ver seu amigo, virará coronel e vestia uma farda conversando com outros oficiais.
- Você!? Não acredito que é você!?
Sua expressão era de preocupação, mas mesmo assim não escondeu o fato de estar feliz com a presença de seu amigo.
- Sim, sou eu e é você, veja! É você que vai dar a palestra?
- Isso mesmo
- Olha só para você! Conseguiu virar um médico importante!
- E você, você disse que ia sair do exercito.
- Aconteceram coisas, fiz coisas horríveis e por isso foram colocando estrelas no meu peito. Estrelas que não mereço.
- Ora, não se preocupe, você ainda tem seu diploma da faculdade, você ainda é médico.
- Deus quisesse que fosse assim.
Meu pai não sabia, mas para chegar ao cargo que chegou, seu amigo teve que desistir de muitas coisas, inclusive da própria vida, dos próprios sonhos. Para fazer torturas, intrigas e outras coisas, levou estrelas e dinheiro, mas também levou a culpa. Infelizmente, ao invés de estar salvando vidas, estava as tirando. Sua culpa era tão grande que começou a sofrer de depressão, mas não podia sair do exercito, seu rabo preso com os outros o prendeu naquela vida. Para não sofrer com revoltas teve que mudar todo seu currículo, e por isso teve que esquecer que era médico.
Naquele dia, no intervalo da palestra meu pai esperou encontrar seu amigo, porém ele fora embora, "motivos urgentes", disseram seus companheiros.
Depois de me contar essa história, e de ouvir várias vezes eu perguntando sobre várias coisas, meu pai me falo que na semana anterior àquela semana, ele estava lendo o obituário, só passando o olho. Virando a página rápido conseguiu visualizar o nome de seu amigo e em baixo uma homenagem: "Homenagem do exercito brasileiro a esse grandioso General".
- Ele nem conseguiu ser médico, nem quando morreu. - Balançou a cabeça indignado. - A gente sempre muda os planos no presente, mas e o que acontece com o futuro?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ser

Esse é o meu segundo post do dia, um poema, pra variar (o que eu estava em dúvida na semana passada), espero que gostem e comentem


Ser

Quero ser a onda em seu mar,
A canção a tocar em seu rádio,
O caminho por onde você vai passar,
No meio da sua ponte, o pedágio.

Quero ser a chuva rasgando um dia ensolarado,
A manhã calma no sossego de um jardim,
O mistério do corcel indomado,
No seu casamento, serei seu "sim".

Quero ser "a noite de um dia difícil",
Seu medo ao entrar num beco escuro
A confiança militante no comíssio
A certeza de que seu coração estará seguro.

Cicatrizes

Olá amigos, hoje vou postar duas vezes, por que me deu vontade de compartilhar com vocês essa belíssima música chamada Cicatrizes. Bom, eu já conheço essa música tem muito tempo, quem nasceu ouvindo mpb igual a mim também, só que só descobri agora que existe uma versão na exelente voz da Roberta Sá, uma das melhores cantoras da nova mpb, cantando com o MPB4 (autores da música) então vou postar a letra e as duas versões, espero que vocês gostem =)

Cicatrizes
MPB4
Composição : Miltinho / Paulo Cesar Pinheiro

Amor
Amor que nunca cicatriza
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou.

Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor.

Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural.

Uma
Qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem mais que também não faça mal.

Meu coração precisa
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou.

Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor.

Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural.

Uma
Qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem mais que também não faça mal.



Agora os vídeos:

Primeiro a versão original




Agora a versão com a Roberta Sá





Esse foi o primeiro post, mais tarde eu volto com um poema novo =)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Prosa

Ainda bem que eu havia escrito esse texto no final de semana, pois só fui me lembrar de que hoje era meu dia agora, hahaha.
Estava agora voltando para casa de ônibus, e eis que eu vejo ali na Rua Pedro Américo um bar. Ele era pequeno, vazio, claramente sujo (porém a pintura branca de longe faz parecer limpo). Mas nada disso é interessante, o legal é o nome do bar: Bar dos Amigos!!!!
hahaha
Sério, vou tentar tirar passar por lá algum dia e tirar uma foto para publicar.
Agora o meu texto, abraços e uma boa semana.

Sem estrelas (Ricardo José)

Hoje é um dia sem estrelas.
Sento-me em baixo da janela e olho para o céu da pequena faixa de céu que posso ver de meu apartamento. Espero pela chuva que lavará minha solidão e semeará algo, qualquer coisa viva, qualquer coisa quente, qualquer coisa tua, em meu peito. A chuva não cai, porém o céu não abre, chega uma hora que cansamos de esperar.
Cansamos de esperar, mas no fundo nunca deixamos de fazê-lo. Fico no meu quarto, porém nele não tem janela, não tem a esperança de uma estrela aparecer, porém nele não tem luz, não se tem a chance de ver a solidão, porém nele não tem - não sei - vida, não se tem motivo de sorrir.
Quantas vezes já respirei sem sentir o ar, o não-perfume da ausência, a chuva, a madrugada. Por quantas vezes sofremos sem sentido, e magoamos, e rimos, nos embriagamos de sobriedade e ficamos lúcidos de tão bêbados. Tudo tem um sentido, mesmo quando não o queremos, e tudo que se quer, em algum momento passa a não ter sentido.
A noite torna-se carregada de palavras, estranhas palavras que cortam o ar e ferem meu corpo num movimento inaudível. São palavras que não são ditas, que guardo entre meus lençóis, por cima do meu travesseiro. Palavras que regurgito, que lacrimejo, que sangro, que penso, mas que nunca falo. Palavras que nunca morrem, porém nunca vivem.
Meus olhos se cansam de olhar o teto branco, de buscar uma perfeição. Meus olhos se perdem no mesmo ponto e se encontram no infinito que é lembrar e esquecer e pensar e viver, viver, morrer. A luz fraca não parece ser própria, é trêmula no ritmo do ventilador que me faz frio, é embaçada no lacrimejar dos olhos fixos, é nula na desistência do eu.
E chega um momento em que o tempo cansa de passar e nos perdemos no vazio dos pensamentos. Vê-se o vento soprar, um suspiro da eternidade, um lamento do efêmero. E esse vento nos rodeia, gela a alma, abraça-nos e perde-se, vai-se embora com nosso calor.
E, no entanto, volto a olhar pela janela, agora fechada pois já chove. As gotas escorrem por ela como se fosses minhas, lágrimas, náufragas, frias. O céu de guache perde sua cor, afoga-se em suas águas sem cor, morre em suas águas que lamentam a si mesmas, liberta-se de sua consciência.

E quem sabe...
Quem sabe amanhã - amanhã -
Não chova e possamos, não,
Eu possa ver as estrelas e...
Quem sabe...
No meio delas eu veja você.

domingo, 15 de maio de 2011

Em busca da luz(A história de Pedro Ike)

Capítulo 3 – Reformulação da hipótese da Luz



A porta está trancada, tenho que arranjar um jeito de entrar, olho para ver se há alguma janela aberta, porém não encontro nenhuma. Tento arrombar a porta, não consigo, vou para o lado dos fundos do prédio encontro uma porta para retirada do lixo, ela está trancada também. Penso, mas não consigo imaginar uma forma de entrar no prédio quando eu olho para cima vejo que a distância entre os dois prédios não é grande.


Então tento entrar logo pela porta de saída de lixo do outro prédio e felizmente ela está aberta. Entro com minha arma em mãos, o corredor está mal iluminado, mas dava para ver um corpo encostado na parede. Corri então e comecei a subir as escadas, ouvia gritos de medo, de dor. Chego ao ultimo andar, e a janela de o corredor esta aberta, pareço estar no 6ºandar, olho para fora da janela e confirmo minha intuição. Quando escuto passos fortes e rápidos vindo em minha direção, então me abaixo rápido e um homem passa voando por cima de mim e consegue entrar pela janela do outro prédio quebrando o vidro, esta cheio de cacos em seu braço, mas esta olhando para mim, então eu saco a arma e BANG dou um tiro, porém eu erro então me concentro e dou outro BANG e dessa vez eu acerto no meio do pescoço, ele coloca a mão no pescoço e cai para fora da janela, fecho os olhos e só escuto sua queda, não quero ver o seu corpo esmagado contra o chão. Então consigo ouvir uma movimentação nas escadas e vou conferir. Eram mais ou menos sete desses histéricos. Dou um bico no primeiro e esse segura minha perna então dou um tiro nele e depois outro bico, dessa vez ele cai sobre todos os outros fazendo todos eles caírem. Porém eles logo se levantam, não vejo outra saída a não ser pular para o outro prédio, então pego um impulso e corro em direção à janela, colocando uma perna na ponta do prédio e dando um impulso eu mergulho e entro pela janela no outro prédio.

Levanto-me, noto que cai com o braço emcima de um caco, então mesmo com dor retiro o vidro e continuo em frente, estou no 6ºandar a menina mora no 8º, então subo as escadas, meu braço sangra muito, então vejo um corpo caído, morto pego sua camisa e rasgo um pedaço e faço um garrote. Estou no 8ºandar, procuro o apartamento 805 e rapidamente o encontro.Ali esta, não escuto mais nenhum barulho, no prédio inteiro e nem dentro do apartamento.Então pego distância e tento arrombar a porta, não consigo, ela esta trancada, então olho em volta e não encontro nada, volto a tentar a arrombar a porta, com mais força e vejo que ela começa a ceder, então consigo arrombar porta e caio por cima dela. Quando me levanto entro em desespero quando vejo na cozinha marcas de sangue e grito HOLLY! Na cozinha há um copo quebrado no chão, água há alguns pratos com pão, presunto e queijo. Saio da cozinha e não há ninguém, então entro em um corredor e vejo um corpo de uma menina no chão, entro em desespero, e outro corpo de um adulto batendo na porta do banheiro, na porta do banheiro há marcas de sangue, então eu corro direção ao corpo do homem que já não é mais um de nós e me taco emcima dele e começo a socá-lo com raiva.


- ONDE ESTÁ MINHA IRMÃ? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? EU VOU TE MATAR! Espanco-o até não agüentar mais, o homem está morto, um desses monstros com uma força superior a nossa foi espancado até a morte. Começo a chorar de raiva ainda o socando, quando eu ouço uma voz vindo do banheiro.

-Pedro?

Olho para a porta do banheiro ainda montado no corpo com uma expressão de felicidade, choro e corro em direção à porta e encosto meu rosto na porta e falo:

-Holly? É você? Eu estou aqui! Vim te buscar pra casa.

-É você mesmo? Ou é um desses caras maus?

-Sou eu irmãzinha!

-Como eu posso ter certeza?

Então eu me sento contra a porta a e começo a falar sobre a minha mãe.

-Então eu coloco a mão no meu bolso a procura de algo.

-Aqui ó!

Passo a foto de nós três por debaixo da porta e então eu escuto a tranca da porta se abrindo e me viro e lá esta minha irmã, eu a abraço forte e começo a chorar.

-Eu tive... mas eu tive tanto medo de te perder, eu pensei que não conseguiria te encontrar, me desculpe, por favor me desculpe.

-Cala a boca e entra no banheiro!

Então nós entramos no banheiro e ela tranca a porta e depois guarda a foto consigo. Eu enxugo as minhas lágrimas e vou lavar meu rosto na pia, minha irmã em desespero me puxa e fecha a torneira.

-NÃO BEBE ESSA ÁGUA!

Eu respiro e pergunto o porquê, ela se senta de pernas cruzadas e me diz:

-Eu não sei por que, mas tudo aconteceu quando eu estava comendo na cozinha com a minha amiga ai o pai dela estava lá conosco e ele foi beber um copo d’água, mas depois de algum tempo ele começou a se sentir mal e largou o copo no chão, eu não sei o que aconteceu, mas ele ficou diferente, e depois disso teve um grande tremor e ele caiu no chão então nós duas corremos em direção a sala, o pai dela correu atrás de nós, mas a menina caiu no chão então eu com medo continuei correndo, ela conseguiu correr do pai, mas ele continuou correndo atrás dela. Eu entrei no banheiro e tranquei a porta e só ouvia barulhos de pancadas e ela gritando.

-Papai, papai, porque você ta fazendo isso?PARA PAPAI! TA MACHUCANDO!

Holly começou a chorar então eu perguntei se ela tava com sede, ou fome? Ela disse que sim, então eu abri minha mochila e peguei alguns biscoitos e a garrafa com metade d’água, no início ela recusou, mas eu falei que essa eu já tinha bebido então estava seguro, então ela se alimentou e eu disse que tínhamos que ir embora, ela falou varias vezes que não, que deveríamos esperar ali, eu disse, temos que ir para casa, e ficar por lá. Depois de um tempo eu a convenci e disse:

-Vamos fazer o seguinte, não largue nunca da minha mão!Eu disse nunca, a não ser que eu mande, quando sairmos do prédio, você vai subir nas minhas costas e eu vou te levar nela até em casa.

Ela sacudiu a cabeça então eu destranquei a porta do banheiro e não havia nada do lado de fora, então eu perguntei onde estava à mochila, então ela apontou para o quarto, entramos e então peguei a mochilinha dela e falei para ela colocar a mochila rosa. Então fomos direto para a cozinha, eu com uma mão no cinto e outra segurando a mão de Holly. Então eu abri a geladeira e falei abre sua mochila e abre a minha, ai passei para ela presunto, queijo, pão de forma e falei para ela:

-Aqui Holly, essas garrafas são de algum tempo atrás, então vamos levar elas, elas estão ‘’boas’’.

Holly colocou tudo dentro das mochilas então eu falei para ela me dar à mão. Então eu lembrei que a porta estava trancada da entrada então eu comecei a procurar as chaves na cozinha, depois na sala e então eu falei para ela largar minha mão e esperar na sala para não ter que ver o corpo da amiga ensangüentado no chão.Eu fui e procurei no bolso do homem e nada encontrei, depois encontrei o molho de chaves enfiado na...boca da menininha fiquei com um nojo incrível e então peguei a chave, quando eu ouvi um grito. Corri em direção a sala com a arma apontada, e fiquei aliviado quando vi Holly emcima do sofá e apontando para uma barata no chão.

-Na próxima vez, EU te mato!

Então fui uma última vez a cozinha e procurei nas gavetas um facão de cozinha, porém achei um cutelo e entreguei para Holly e falei:

-Só use quando precisar, entendido?

-Sim capitão!

Nós dois rimos e depois demos as mãos e saímos do apartamento, descemos as escadas até chegar ao portão de entrada, então peguei o molho de chaves e fui tentando de chave em chave até abri o portão, então ao sair de lá as larguei no vaso de flores que havia do lado e me agachei e falei

-Sobe ai e segura firme.

Então Holly subiu passando os braços em volta do meu pescoço e prendeu as pernas em volta de mim. Me levantei e comecei a correr , precisava agora fazer um caminho maior, tinha que seguir essa rua até o fim e depois virar para a esquerda até chegar em casa.Corri sem parar, em um passo rápido mas nada exagerado, sempre parando quando via muita gente. Até que Holly apontou para uma loja de brinquedos eu disse que não dava, ela ficou chateada, mas entendeu. Continuei a correr, chegamos ao final de rua tranquilamente, uma hora encontramos o corpo de um policial no chão estava com uma pistola com meio pente e um cassetete, então falei para Holly:

-Toma essa arma, presta atenção como ela funciona, quando alguém vier por trás de nós, me avise, mas caso tenham varias pessoas, e eu fale para você atirar, você puxar essa coisinha aqui e muda pro vermelho pro branco, ai você puxa o gatilho e BANG, adeus caras maus. Mas só quando eu disser você atira.

Ela colocou a arma dentro da minha mochila e subiu nas minhas costas, e coloquei o cassetete no meu cinto. Corri ate que chegamos em frente ao nosso prédio, Holly desceu das minhas costas e nos agachamos e peguei a chave do portão na mochila e abri o portão quando eu escuto um tiro. Olho para trás e vejo Holly segurando uma arma e dando um tiro certeiro na cabeça do homem que caiu para trás morto.

Holly chora e me da à arma eu a abraço e falo que está tudo bem, que eu estou aqui. Então ela me da a mão e entramos no prédio, já estava escurecendo.Eu tranco o portão e subimos até em casa, estava sem sinal de arrombamento nem nada então fecho a porta vasculho cada canto da sala e não encontro ninguém nem nada, me sinto aliviado e fecho as janelas. Verifico se a luz funcionava e infelizmente não, nem o chuveiro nem nada. Separo na geladeira o que vai ser útil para comermos ou não. Sentamos no sofá e comemos o resto de comida de ontem que estava meio gelada. Holly não gostou da comida, então eu fiz um sanduíche e dei para ela. Tentei ligar a TV, mas não aparecia nada nela.

Escovamos os dentes e fomos dormir, ela foi dormir no quarto da minha mãe. Enquanto isso procurei pelo velho rádio que tínhamos e o liguei e tentei sintonizá-lo em alguma freqüência, porém nada consegui. Então fui dormir no quarto da minha mãe também. Me certifiquei antes que a porta estava bem trancada e coloquei um plástico bolha velho que encontrei no armário e coloquei na entrada, coloquei a pistola e o cassetete na cabeceira e me deitei com a barriga para cima e fiquei pensando sobre o que fazer no dia seguinte, como iríamos nos virar com comida e água. Pensei sobre a minha amiga de novo, fui aos poucos caindo no sono...



Continua...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Amei

Fala ae galerinha marota, sexta-feira é meu dia de postar então segurem essa!
Hoje vou postar um poema meu (novidade) espero que gostem.




Amei

Amei sim,
Me atirei aos leões
Como um gladiador vencido
Que de tão obscecado se tornou falho.

Amei sim,
Fui o bravo guerreiro
Que enfrentou mares e terras
Só para admirar o sorriso de sua dama.

Amei sim,
Fui flecha e flechado,
Ferido, porém determinado até o fim.
Ainda que quase sem sangue para lutar.

Amei Sim,
Senti calafrios e calor,
Como um doente terminal
Me agarrei ao menor sopro de vida.

Amei sim,
Tal qual um cego,
Tateando no escuro
Me adaptei ao cenário.

Amei sim,
Como um palhaço num circo,
Fiz sorrir aos outros quando chovia em mim
E emocionei a todos mesmo seco por dentro.

Amei sim,
E faria tudo de novo,
Porque se não é para amar para que vivemos ?
Te amei sim.






Espero que gostem =)
ps: postei agora pq estava esperando o André aparecer para postar (devido ao problema no blogspot ontem ele acabou perdendo o dia) sem sucesso, espero que ele poste hoje ainda.
ps2: Obrigado a Samara Brandão que selecionou o poema dessa semana (eu estava em dúvida entre esse e outro, que provavelmente vai ser minha postagem de semana que vem)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Canal Brasil de Madrugada

Bem, pelo título do post a galera deve ter percebido que hoje a cobra vai fumar!
Sem mais flauteações, ta na hora de escrever do fundo do poço.


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Bordel dos Desesperados

Quase meia-noite e eu ainda estava sóbrio. Minha dívida chegou ao limite e o Zinho fechou minha conta. Tanto faz, não me importo. Queria apenas ver a apresentação da Dixie. Porra, aquela mulher seria capaz de me deixar duro mesmo que fosse perneta! Eu era expulso de lá toda sexta-feira só para poder olhar aquelas pernas, meu deus, que pernas! Eu esquecia de todo o resto ao ver aquela bunda maravilhosa subir e descer aquele mastro. Mas eu nunca as teria, pelo menos não enquanto estivesse sem dinheiro para pagar minha própria cerveja.

No final eu me contentava em levar uma bêbada qualquer para minha casa na rua do lado. Eu fazia de tudo com elas, depois ia para a rua e esperava até que elas retomassem a consciência e fossem embora. Era mais fácil assim, se elas soubessem o "que" as comeu, com certeza não usariam as escadas para sair de lá.

Lá estava eu, esperando que algum dinheiro caísse do céu para que eu pudesse me embebedar e bater uma antes de dormir. Eis que senti um cheiro podre, que me deixou zonzo. Aquele bafo de cigarro e porra vieram direto as minhas narinas. Eu conhecia aquele cheiro. Seu nome era Vera, também conhecida pelas redondezas de Bixo-Papão e eu tive a ligeira impressão de que isso era um mal sinal. Aquela noite, eu estava marcado para me foder.

Ela sentou ao meu lado. O cheiro era quase insuportável, pior que defunto fresco. Diziam que ela tinha uns quarenta e poucos anos, embora aparentasse uns setenta e todos. Ela já havia vivido o suficiente, até demais. Mas eu estava vulnerável, no fundo do poço e ela não perdeu tempo:
- Ei benzinho, você está muito pra baixo! Vou te pagar uma rodada. - Bem, finalmente vou me embebedar!
Nem ao menos respondi, peguei o copo e virei tudo. A noite ia ser bem longa.

Acordei no dia seguinte deitado no chão da minha cozinha, se é que podia ser chamada de cozinha. Tentei levantar, mas meu traseiro doía como se um tijolo tivesse sido retirado do meu cú. Caralho, o que foi que eu fiz. Aquela velha escrota deve ter me sacaneado! Levantei e fui cambaleando até o quarto e foi então que eu descobri: Eu não comi ninguém aquela noite. A vagabunda ainda usava aquele cacete de borracha no lucar da buceta e o quarto todo fedia à cú assado. E não era o dela.
- Benzinho, nunca vi alguém se divertir tanto com o meu amiguinho! Você se esbaldou, ein?
Não é verdade, não pode ser, não pode ser!
- Sai daqui vadia! Nunca mais quero ver sua cara por aqui! Vai logo, antes que eu meta três azeitonas nesse seu cú de merda!
- Ai, que grosso, eu só fiz o que você pediu! Seu frouxo, vou procurar um homem de verdade!
- Filha da puta! - Empurrei-a porta a fora com tanta força que pude ouvir quela ossada se estatelando no chão frio do corredor. A maluca ainda ficou gritando durante uns dez minutos.

Que vida de merda, nunca mais teria coragem de entrar naquele bar. Do jeito que o povo era, a história já teria se espalhado e eu seria chamado de bixa em cada esquina que passasse. Foda-se! Metade daqueles pinguços provavelmente já foram violados pela velha e nem devem se lembrar, se não ela não seria tão conhecida. Eu teria que voltar, precisava voltar. Dixie estaria a minha espera, com aquelas longas pernas carnudas e deliciosas. Mas antes, vou precisar de dinheiro ou então não poderei entrar.

Já era uma hora da tarde. Havia comido um pouco de frango da padaria e comprei o jornal. Onde eu passava as pessoas paravam e me encaravam como se dissessem "lá vai aquele fudido, esse não tem mais jeito", e eu sabia disso. Não estou nem aí, prefiro ser comido por uma velha nojenta a passar minha vida inteira sendo fodido por uma vida de merda, com uma esposa de merda num emprego de merda! Isso não era vida pra mim, era uma prisão.

A noite estava me chamando novamente, o tilintar dos copos, o bar estava abrindo e eu estava com a boca seca. Já entardecia e eu ainda estava sóbrio.

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Uma boa noite a todos e não abandonem seus copos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Qualquer coisa

Peço desculpas aos leitores do blog, hoje durante a aula tive uma boa ideia para um texto, e pretendia escrevê-lo e postá-lo. Mas digitar com a mão quebrada é cansativo e doloroso em certo ponto, portanto vou terminando o texto aos poucos, o que é bom para terminar algumas conclusões. Portanto postarei algo antigo e na semana que vem o tal texto. Abraços.

ps.: hoje será um texto curto e que eu escrevi no meio do ano passado, quando eu comecei a explorar a prosa um pouco mais a fundo.

Pensamentos

(Ricardo José)

Meus pensamentos embaralhados não se deixam ordenar. Eles são curtos, e por isso têm a necessidade de sobreporem-se. Vêm como se nunca lhes tivessem ocorrido a oportunidade de mostrarem-se, entretanto, por causa de sua forte intensidade inicial, logo se dissipam, perdem o sentido, a razão, não se deixam levar muito tempo pelo raciocínio ilógico do cérebro e seus devaneios.

Eu sou o sol da tarde, a névoa pré-diluviana, as lágrimas que percorrem o azul de seus olhos, eu sou o mar que corta os continentes. Sou a dor, a alegria, o amor, a saudade. Sou uma sucessão de pensamentos, sentimentos, hábitos, vontades, perdas, que, como no fluxo de consciência, chega com uma vontade arrasadora, mas logo se perde nos próprios pesares, mas que antes de sair traz um novo pensamento e se deixa perder nas sucessões da vida.