Capítulo 3 – Reformulação da hipótese da Luz
A porta está trancada, tenho que arranjar um jeito de entrar, olho para ver se há alguma janela aberta, porém não encontro nenhuma. Tento arrombar a porta, não consigo, vou para o lado dos fundos do prédio encontro uma porta para retirada do lixo, ela está trancada também. Penso, mas não consigo imaginar uma forma de entrar no prédio quando eu olho para cima vejo que a distância entre os dois prédios não é grande.
Então tento entrar logo pela porta de saída de lixo do outro prédio e felizmente ela está aberta. Entro com minha arma em mãos, o corredor está mal iluminado, mas dava para ver um corpo encostado na parede. Corri então e comecei a subir as escadas, ouvia gritos de medo, de dor. Chego ao ultimo andar, e a janela de o corredor esta aberta, pareço estar no 6ºandar, olho para fora da janela e confirmo minha intuição. Quando escuto passos fortes e rápidos vindo em minha direção, então me abaixo rápido e um homem passa voando por cima de mim e consegue entrar pela janela do outro prédio quebrando o vidro, esta cheio de cacos em seu braço, mas esta olhando para mim, então eu saco a arma e BANG dou um tiro, porém eu erro então me concentro e dou outro BANG e dessa vez eu acerto no meio do pescoço, ele coloca a mão no pescoço e cai para fora da janela, fecho os olhos e só escuto sua queda, não quero ver o seu corpo esmagado contra o chão. Então consigo ouvir uma movimentação nas escadas e vou conferir. Eram mais ou menos sete desses histéricos. Dou um bico no primeiro e esse segura minha perna então dou um tiro nele e depois outro bico, dessa vez ele cai sobre todos os outros fazendo todos eles caírem. Porém eles logo se levantam, não vejo outra saída a não ser pular para o outro prédio, então pego um impulso e corro em direção à janela, colocando uma perna na ponta do prédio e dando um impulso eu mergulho e entro pela janela no outro prédio.
Levanto-me, noto que cai com o braço emcima de um caco, então mesmo com dor retiro o vidro e continuo em frente, estou no 6ºandar a menina mora no 8º, então subo as escadas, meu braço sangra muito, então vejo um corpo caído, morto pego sua camisa e rasgo um pedaço e faço um garrote. Estou no 8ºandar, procuro o apartamento 805 e rapidamente o encontro.Ali esta, não escuto mais nenhum barulho, no prédio inteiro e nem dentro do apartamento.Então pego distância e tento arrombar a porta, não consigo, ela esta trancada, então olho em volta e não encontro nada, volto a tentar a arrombar a porta, com mais força e vejo que ela começa a ceder, então consigo arrombar porta e caio por cima dela. Quando me levanto entro em desespero quando vejo na cozinha marcas de sangue e grito HOLLY! Na cozinha há um copo quebrado no chão, água há alguns pratos com pão, presunto e queijo. Saio da cozinha e não há ninguém, então entro em um corredor e vejo um corpo de uma menina no chão, entro em desespero, e outro corpo de um adulto batendo na porta do banheiro, na porta do banheiro há marcas de sangue, então eu corro direção ao corpo do homem que já não é mais um de nós e me taco emcima dele e começo a socá-lo com raiva.
- ONDE ESTÁ MINHA IRMÃ? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? EU VOU TE MATAR! Espanco-o até não agüentar mais, o homem está morto, um desses monstros com uma força superior a nossa foi espancado até a morte. Começo a chorar de raiva ainda o socando, quando eu ouço uma voz vindo do banheiro.
-Pedro?
Olho para a porta do banheiro ainda montado no corpo com uma expressão de felicidade, choro e corro em direção à porta e encosto meu rosto na porta e falo:
-Holly? É você? Eu estou aqui! Vim te buscar pra casa.
-É você mesmo? Ou é um desses caras maus?
-Sou eu irmãzinha!
-Como eu posso ter certeza?
Então eu me sento contra a porta a e começo a falar sobre a minha mãe.
-Então eu coloco a mão no meu bolso a procura de algo.
-Aqui ó!
Passo a foto de nós três por debaixo da porta e então eu escuto a tranca da porta se abrindo e me viro e lá esta minha irmã, eu a abraço forte e começo a chorar.
-Eu tive... mas eu tive tanto medo de te perder, eu pensei que não conseguiria te encontrar, me desculpe, por favor me desculpe.
-Cala a boca e entra no banheiro!
Então nós entramos no banheiro e ela tranca a porta e depois guarda a foto consigo. Eu enxugo as minhas lágrimas e vou lavar meu rosto na pia, minha irmã em desespero me puxa e fecha a torneira.
-NÃO BEBE ESSA ÁGUA!
Eu respiro e pergunto o porquê, ela se senta de pernas cruzadas e me diz:
-Eu não sei por que, mas tudo aconteceu quando eu estava comendo na cozinha com a minha amiga ai o pai dela estava lá conosco e ele foi beber um copo d’água, mas depois de algum tempo ele começou a se sentir mal e largou o copo no chão, eu não sei o que aconteceu, mas ele ficou diferente, e depois disso teve um grande tremor e ele caiu no chão então nós duas corremos em direção a sala, o pai dela correu atrás de nós, mas a menina caiu no chão então eu com medo continuei correndo, ela conseguiu correr do pai, mas ele continuou correndo atrás dela. Eu entrei no banheiro e tranquei a porta e só ouvia barulhos de pancadas e ela gritando.
-Papai, papai, porque você ta fazendo isso?PARA PAPAI! TA MACHUCANDO!
Holly começou a chorar então eu perguntei se ela tava com sede, ou fome? Ela disse que sim, então eu abri minha mochila e peguei alguns biscoitos e a garrafa com metade d’água, no início ela recusou, mas eu falei que essa eu já tinha bebido então estava seguro, então ela se alimentou e eu disse que tínhamos que ir embora, ela falou varias vezes que não, que deveríamos esperar ali, eu disse, temos que ir para casa, e ficar por lá. Depois de um tempo eu a convenci e disse:
-Vamos fazer o seguinte, não largue nunca da minha mão!Eu disse nunca, a não ser que eu mande, quando sairmos do prédio, você vai subir nas minhas costas e eu vou te levar nela até em casa.
Ela sacudiu a cabeça então eu destranquei a porta do banheiro e não havia nada do lado de fora, então eu perguntei onde estava à mochila, então ela apontou para o quarto, entramos e então peguei a mochilinha dela e falei para ela colocar a mochila rosa. Então fomos direto para a cozinha, eu com uma mão no cinto e outra segurando a mão de Holly. Então eu abri a geladeira e falei abre sua mochila e abre a minha, ai passei para ela presunto, queijo, pão de forma e falei para ela:
-Aqui Holly, essas garrafas são de algum tempo atrás, então vamos levar elas, elas estão ‘’boas’’.
Holly colocou tudo dentro das mochilas então eu falei para ela me dar à mão. Então eu lembrei que a porta estava trancada da entrada então eu comecei a procurar as chaves na cozinha, depois na sala e então eu falei para ela largar minha mão e esperar na sala para não ter que ver o corpo da amiga ensangüentado no chão.Eu fui e procurei no bolso do homem e nada encontrei, depois encontrei o molho de chaves enfiado na...boca da menininha fiquei com um nojo incrível e então peguei a chave, quando eu ouvi um grito. Corri em direção a sala com a arma apontada, e fiquei aliviado quando vi Holly emcima do sofá e apontando para uma barata no chão.
-Na próxima vez, EU te mato!
Então fui uma última vez a cozinha e procurei nas gavetas um facão de cozinha, porém achei um cutelo e entreguei para Holly e falei:
-Só use quando precisar, entendido?
-Sim capitão!
Nós dois rimos e depois demos as mãos e saímos do apartamento, descemos as escadas até chegar ao portão de entrada, então peguei o molho de chaves e fui tentando de chave em chave até abri o portão, então ao sair de lá as larguei no vaso de flores que havia do lado e me agachei e falei
-Sobe ai e segura firme.
Então Holly subiu passando os braços em volta do meu pescoço e prendeu as pernas em volta de mim. Me levantei e comecei a correr , precisava agora fazer um caminho maior, tinha que seguir essa rua até o fim e depois virar para a esquerda até chegar em casa.Corri sem parar, em um passo rápido mas nada exagerado, sempre parando quando via muita gente. Até que Holly apontou para uma loja de brinquedos eu disse que não dava, ela ficou chateada, mas entendeu. Continuei a correr, chegamos ao final de rua tranquilamente, uma hora encontramos o corpo de um policial no chão estava com uma pistola com meio pente e um cassetete, então falei para Holly:
-Toma essa arma, presta atenção como ela funciona, quando alguém vier por trás de nós, me avise, mas caso tenham varias pessoas, e eu fale para você atirar, você puxar essa coisinha aqui e muda pro vermelho pro branco, ai você puxa o gatilho e BANG, adeus caras maus. Mas só quando eu disser você atira.
Ela colocou a arma dentro da minha mochila e subiu nas minhas costas, e coloquei o cassetete no meu cinto. Corri ate que chegamos em frente ao nosso prédio, Holly desceu das minhas costas e nos agachamos e peguei a chave do portão na mochila e abri o portão quando eu escuto um tiro. Olho para trás e vejo Holly segurando uma arma e dando um tiro certeiro na cabeça do homem que caiu para trás morto.
Holly chora e me da à arma eu a abraço e falo que está tudo bem, que eu estou aqui. Então ela me da a mão e entramos no prédio, já estava escurecendo.Eu tranco o portão e subimos até em casa, estava sem sinal de arrombamento nem nada então fecho a porta vasculho cada canto da sala e não encontro ninguém nem nada, me sinto aliviado e fecho as janelas. Verifico se a luz funcionava e infelizmente não, nem o chuveiro nem nada. Separo na geladeira o que vai ser útil para comermos ou não. Sentamos no sofá e comemos o resto de comida de ontem que estava meio gelada. Holly não gostou da comida, então eu fiz um sanduíche e dei para ela. Tentei ligar a TV, mas não aparecia nada nela.
Escovamos os dentes e fomos dormir, ela foi dormir no quarto da minha mãe. Enquanto isso procurei pelo velho rádio que tínhamos e o liguei e tentei sintonizá-lo em alguma freqüência, porém nada consegui. Então fui dormir no quarto da minha mãe também. Me certifiquei antes que a porta estava bem trancada e coloquei um plástico bolha velho que encontrei no armário e coloquei na entrada, coloquei a pistola e o cassetete na cabeceira e me deitei com a barriga para cima e fiquei pensando sobre o que fazer no dia seguinte, como iríamos nos virar com comida e água. Pensei sobre a minha amiga de novo, fui aos poucos caindo no sono...
Continua...